Assim como ocorreu nas rodovias federais do Estado, o número de acidentes de trânsito em ruas e avenidas da Capital e de municípios do interior, registrado durante o feriado prolongado da Independência, foi considerado elevado, segundo aponta o relatório estatístico da Seção de Inteligência e Planejamento da Polícia Militar de Roraima (PMRR).
A Folha teve acesso ao documento e constatou que 29 dos 35 acidentes de trânsito, registrados no período de quinta-feira, 7, até o domingo, 10, ocorreram dentro de Boa Vista. A zona oeste foi o perímetro com maior número de acidentes, com 23 ocorrências confirmadas. Em seguida vem o Centro e a zona leste, com duas ocorrências cada. Logo atrás vêm as zonas sul e norte, com um registro cada.
Segundo o levantamento, os bairros Tancredo Neves e Santa Tereza registraram três acidentes cada, seguidos do Centro, Asa Branca, Pricumã, Senador Hélio Campos e Olímpico, com dois acidentes cada. São Vicente, Aparecida, Canarinho, Nova Canaã, Sílvio Leite, Operário, Equatorial, São Pedro, Centenário, Raiar do Sol, Pintolândia, Sílvio Botelho e Alvorada registraram apenas um acidente cada.
O relatório destaca que, das 29 ocorrências registradas pela PM, oito resultaram apenas danos materiais, enquanto 21 tiveram lesões corporais. Desse quantitativo, três pessoas morreram em decorrência de traumas causados pelos acidentes, enquanto 18 foram encaminhadas para hospitais. No interior do Estado, a PM confirmou registros de acidente de trânsito nos municípios de Pacaraima, Caracaraí, Rorainópolis e Caroebe, sendo quatro ocorrências com danos materiais e dois óbitos.
“Esse número nos assusta muito, pois mesmo com todas as ações de educação para o trânsito, desempenhadas pelos órgãos competentes, ainda há muitas ocorrências. Se todos tivessem a consciência de dirigir conforme as regras de trânsito, nós teríamos praticamente um quantitativo de acidentes próximos de zero”, disse o chefe do Departamento de Comunicação da PM, tenente-coronel Domingos.
Ele destacou que em todos os feriados prolongados os órgãos de fiscalização trabalham em parceria a fim de conscientizar a população no que diz respeito ao trânsito mais seguro. “Em toda essa situação, há uma série de fatores que devem ser levados em consideração pelos condutores de veículos. Primeiro, que a vítima de acidente de trânsito pode ficar incapacitada de exercer suas funções trabalhistas. Depois, tem o alto custo hospitalar, ou seja, a sobrecarga na rede pública de saúde, mas o principal dela é a preservação da vida. Então, é preciso que a população se conscientize da importância da promoção de um trânsito mais seguro”, frisou. (M.L)