Garantir a segurança e o bem-estar dos animais de estimação durante as férias requer planejamento cuidadoso e avaliação prévia da saúde dos bichos. Bruno Alvarenga, professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), oferece dicas valiosas para tutores que planejam viajar com seus pets, seja de carro ou de avião, incluindo as normas para viagens internacionais.
A primeira decisão é se os animais viajarão junto com os tutores ou se ficarão na cidade. Para os que permanecem, há opções como Pet Hotéis ou estabelecimentos veterinários, que exigem vacinas atualizadas, vermifugação e controle de ectoparasitas. Outra possibilidade é deixá-los na casa de conhecidos, parentes, amigos ou contratar pet sitters. “Se os pets ficarem na cidade, o ideal é mantê-los em casa, especialmente aqueles que não necessitam de cuidados especiais. O ambiente familiar oferece maior conforto”, aconselha Bruno.
Animais que ficam em casa
Mesmo quando ficam em casa, os animais exigem cuidados diários e monitoramento. “Não basta deixar água e comida para os dias de ausência. Além do acúmulo de excretas, não há garantia de que os itens permanecerão viáveis durante todo o período”, alerta Bruno. Para animais agitados, recomenda-se hospedagem em locais com atividades e exercícios diários. Animais com doenças crônicas ou que necessitam de cuidados especiais podem se beneficiar ficando em clínicas veterinárias.
Para quem opta pelo transporte aéreo, é essencial pesquisar as normas de cada companhia aérea antes de comprar as passagens. “As empresas exigem carteira de vacinação com vacina antirrábica válida, caixa de transporte adequada e atestado de saúde emitido por veterinário até 10 dias antes da viagem”, explica Bruno. Já para viagens de carro, é necessário usar cinto de segurança adequado ou caixas de transporte, além de fazer paradas periódicas para oferecer água e permitir que os animais façam suas necessidades.
Viagem Internacional
Para viagens internacionais, é crucial conhecer as normas sanitárias do país de destino. “Destinos comuns como União Europeia e Estados Unidos têm regulamentações específicas, disponíveis no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)”, destaca Bruno.
Confira as etapas recomendadas pelo veterinário para viagens internacionais:
Inserir um microchip de identificação nos cães e gatos, vaciná-los contra a raiva e aguardar 30 dias para realizar um exame que permita obter o Certificado de Sorologia de Raiva.
Levar os animais ao veterinário até 5 dias antes do embarque para obter o atestado de saúde veterinária nacional e emitir o Certificado Veterinário Internacional no portal GOV, válido por 3 dias.
Para a União Europeia, é necessário vermífugo e medicação para controle de pulgas e carrapatos. Nos EUA, é preciso reservar um Centro de Cuidados Animais aprovado pelo CDC para quarentena, exames e aplicação de nova vacina antirrábica.
Verificar se o local de hospedagem aceita animais, manter placa de identificação com telefone na coleira e pesquisar unidades veterinárias próximas ao destino.
Planejamento e preparação são fundamentais para garantir que as férias sejam agradáveis e seguras para os tutores e seus animais de estimação.