Festa de São Pedro terá procissão fluvial este ano

Depois de dois anos sem a presença dos fiéis na procissão fluvial no Rio Branco, este ano a organização do evento confirmou que a Marinha Brasileira autorizou que os romeiros possam acompanhar a imagem do santo protetor dos pescadores em barcos pequenos que estejam vistoriados e habilitados. 

O padre Mário Castro, da paróquia de São Pedro, disse que a programação em homenagem ao Santo já iniciou na quarta-feira e segue até o sábado, dia 29, na igreja de São Pedro. 

“Iniciamos as celebrações na igreja de São Pedro desde o dia 26 e no sábado, dia 29, teremos alvorada e um café da manhã partilhado, e à tarde teremos a procissão terrestre e a volta da procissão fluvial, que ficou dois anos sem acontecer devido a questões de segurança, e já está autorizada pela Marinha para acontecer este ano”, disse. 

Ele informou que a procissão sai às 17h de frente a igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo em direção à igreja de São Pedro e de lá para o porto de Marina Meu Caso, de onde a imagem segue em procissão fluvial no barco Tocatur e os fiéis acompanham em barcos menores e canoas até a Orla Taumanan, retornando em seguida para o porto Marina Meu Caso. Depois a procissão vai para a igreja de São Pedro, onde será celebrada a missa, e logo após acontecerá o arraial e bingo. 

ASSOCIAÇÃO – Para organizar a procissão fluvial no Rio Branco, este ano foi fundada a Associação Amigos de Pedro e, segundo um dos fundadores, Said Salomão, a associação surgiu justamente na necessidade de organizar a volta da procissão fluvial que contou com apoio da Marinha e do Corpo de Bombeiros.

“Conversando com a Marina surgiu a ideia de fazermos alguma coisa para que os fiéis voltassem a acompanhar a procissão no rio, já que não podemos mais usar a balsa para levar os fiéis, e este ano entramos em contato com a Marinha, que citou os critérios de segurança e convidou os barqueiros”, disse. 

A organização espera que pelo menos 40 a 50 barcos possam acompanhar a procissão neste sábado. “Convidamos todos os barqueiros que estejam documentados e que possam oferecer coletes salva-vidas para as pessoas e quem puder enfeitar seus barcos seria muito bom”, disse Marina Cantão, mais conhecida por Marina Meu Caso. 

“Ficamos dois anos sem ter os romeiros acompanhando a procissão no Rio Branco, já que as pessoas iam numa balsa junto com a imagem de Pedro e essa balsa não estava documentada e nem havia coletes suficientes para todos os fiéis, e isso era realmente perigoso”, disse. 

A imagem do santo irá no barco Tocatur juntamente com o padre Mário Castro e mais algumas pessoas da igreja. 

“Os fiéis vão nos barcos pequenos e lanchas, mas que estejam documentados e os pescadores habilitados com suas carteiras para que não aconteçam acidentes e a procissão seja organizada”, concluiu. (R.R)

Marinha vai acompanhar barcos no rio

Capitão-tenente Kenned, responsável pela Agência Fluvial de Caracaraí, órgão ligado à Marinha Brasileira (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A procissão com o santo protetor dos pescadores terá o acompanhamento da equipe de militares da Marinha. 

À Folha, o capitão-tenente Jerry Kenned Sabino, responsável pela Agência Fluvial de Caracaraí, órgão ligado à Marinha Brasileira e que tem área de jurisdição em todo Estado, disse que este ano foi procurado pela organização da procissão de São Pedro para que ela acontecesse também no Rio Branco. 

“Informamos que temos algumas exigências para que eventos desta natureza ocorram, que são segurança da navegação, salvaguarda da vida humana e prevenção da poluição hídrica, que são os pontos de responsabilidade da Marinha”, disse. “Não interferimos na procissão, mas vamos ao local fazer uma vistoria prévia e verificaremos se as embarcações e os condutores estão regularizados, que não tenha superlotação nas embarcações e que tenha coletes salva-vidas suficientes para todos os participantes e acompanhamos a procissão com nossa embarcação e equipe de militares para dar suporte, caso precise”, disse.

Kenned alertou as pessoas que vão participar da procissão fluvial, que seja fiéis ou pilotos de barcos, sobre alguns itens de segurança. 

“Quem for pilotar a embarcação que esteja devidamente habilitado, que a embarcação esteja legalizada e vistoriada pela Marinha e que as pessoas que vão participar que se certifiquem de que as embarcações estão sendo pilotadas por pessoas habilitadas, que perceba se há excesso de lotação, se há colete para todos, e ao perceber que pode estar colocando sua vida em risco, que não participe”, disse. “A Marinha está aqui para participar, apoiar, de modo seguro, as tradições culturais de Roraima”, finalizou. (R.R)