Por conta de um vídeo no TikTok, a dona Maria das Dores Bezerra, de 67 anos, conseguiu localizar a mãe depois de uma vida inteira sem ter nenhum tipo de contato. Quando criança, ouviu muitas histórias sobre o paradeiro da genitora, mas sempre havia uma dúvida de onde ela estaria. Décadas depois, ela e a filha, Rosélia Bezerra, conseguiram localizá-la, e ter a oportunidade de dar a essa história um final feliz.
A ideia de postar nas redes sociais veio de uma amiga de Rosélia. O vídeo, que foi removido pela plataforma por motivos desconhecidos, foi postado no sábado (12) e na manhã do dia seguinte, uma solicitação de amizade trouxe as respostas que elas procuravam.
“Eu abri meu Facebook e recebi uma solicitação de amizade. Aí eu pensei ‘deve ser algum parente da mãe’ porque era uma senhora de idade, minha tia Maria. Ela ligou por chamada de vídeo, já perguntando pela Dorinha (apelido de Maria das Dores). Eu falei ‘Tia, a senhora é irmã da minha mãe mesmo?’ ela disse ‘Sou minha filha, eu tenho certeza'”, disse Rosélia, em entrevista à Folha.
Mãe e filha foram separadas desde os primeiros dias de vida
Segundo o que dona Maria das Dores lembra, a avó sempre contou uma história na qual ela teria sido abandonada pela mãe. A gravidez aconteceu durante a adolescência, e de acordo com o que era dito a ela, Maria teria sido entregue à vizinhos e depois devolvida aos avós. Ela disse que por muito tepo guardou mágoas, e achou que passaria a vida inteira sem saber por onde ela estava.
Atualmente, Carmozina Borges da Silva, está em um quadro de saúde delicado. Ao longo da vida, ela teve mais dez filhos. “A minha irmã disse que ela falou por toda a vida que ela dizia que eles tinham outra irmã. Eles chegaram a me procurar, mas alguém disse à eles que eu tinha morrido”, disse Maria das Dores.
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Ajuda para conseguir reencontrar a mãe
Carmozina hoje vive em Marialva, uma cidade no interior do Paraná. O apelo da família é arrecadar dinheiro para conseguir realizar esse sonho de reencontrar com a filha e a neta.
“Eu sei que Deus vai dar essa alegria para a minha mãe. porque ela sofreu muito, muito mesmo e eu pude sentir um pouco do sofrimento dela. Então a gente tá muito alegre, porque encontramos e eu creio que a gente vai chegar lá pra ver ela com vida”, disse Rosélia.
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“Eu me criei, eu tô com 67 anos, nunca tinha visto o rosto da minha mãe, não sabia quem era, não sabia nem se tinha irmão. E agora eu descobri, consegui encontrar”, disse Maria, emocionada.
