De acordo com o Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 15 das 27 unidades da federação apresentam sinal de crescimento do número de casos e óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e em decorrência da covid-19. Apenas no Amazonas e no Pará há tendência de queda. Ainda assim, esses estados possuem macrorregiões que também registram sinais de crescimento.
O levantamento se refere a dados coletados até o último dia 15, abrangendo o período de 7 a 13 de março. Nesse intervalo, 97,4% dos casos e 99,3% dos óbitos por vírus respiratório deram positivo para o novo coronavírus.
Os sinais de avanço da pandemia foram registrados no Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins, Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo. Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Roraima e Santa Catarina apresentaram estabilidade.
Na mesma linha, 14 das 27 capitais registraram alta no número de casos e mortes, segundo a Fiocruz. Belo Horizonte, Maceió, Natal, Porto Velho, Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória registraram 95% de chances de crescimento da contaminação nas próximas seis semanas. Por outro lado, Campo Grande, Curitiba, Macapá , Palmas e plano piloto de Brasília e arredores apresentam sinal “moderado” de crescimento nas próximas três semanas.
Prevenção
As demais capitais, embora apresentem sinal de estabilidade, vêm de longo período mantendo sinal de crescimento na tendência de longo prazo, alertam os pesquisadores. “Apesar da estabilidade, não são recomendadas flexibilizações das medidas de prevenção da transmissão enquanto não houver reversão e manutenção de sinal de queda”, pontuou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Desde 2020 até agora, foram reportados 882.663 casos da SRAG. Desse total, 95,5% dos resultados dos exames laboratoriais deram positivo para a covid-19, segundo o balanço realizado pela Fiocruz.