Cotidiano

Fiscalização apreendeu mais de 50 equipamentos proibidos para pesca 

Atualizada ás 11h40

Agentes fiscais da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) estão fazendo fiscalização rotineira nos principais rios de Roraima desde o mês de março, quando iniciou a Piracema, até seu término, dia 30 de junho. As ações são em parceria com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade) e a Cipa (Companhia Independente de Polícia Ambiental). 

À Folha, o chefe da fiscalização ambiental da Femarh, Yuri de Lima Teixeira, disse que neste período as ações já resultaram na apreensão de 35 malhadores e 20 espinhéis e carotes nos rios, e na autuação de um pescador que foi pego saindo de barco no Rio Branco, em Caracaraí, com todos os equipamentos de pesca proibidos nesta época. 

A maioria das apreensões é feita no Rio Branco, no Município de Caracaraí, mas a equipe de fiscais já fez autuações em rios de Iracema e de Boa Vista. 

“Alguns pescadores ainda tentam burlar a fiscalização e colocam os malhadores nos rios, sempre no período da noite, mas passamos recolhendo e ainda não pegamos nenhum destes pescadores para autuar, mas flagramos um pescador que ia saindo no barco com toda a tralha de pesca proibida no período da piracema. Com ele não havia nenhum peixe pescado, mas os equipamentos que levava no barco caracterizaram o ato tendencioso”, disse.

Ele explicou que os peixes presos nos malhadores são devolvidos para os rios e os malhadores e redes são destruídos após serem feitos os autos de apreensão.     

“A fiscalização continua até o dia 30 de julho, quando termina o período da piracema no Estado para os peixes regionais, como o dourado, matrinxã, tambaqui, pacu, tucunaré, surubim, pirararas, entre outros”, disse. “Porém a fiscalização continua para a pesca do pirarucu até o dia 31 de agosto”.  

Sobre as denúncias de que pescadores do Amazonas estariam entrando no território de Roraima para pescar no Baixo Rio Branco, Yuri informou que os fiscais têm feito ações no local para coibir essa prática.

“Estamos com equipe no local para coibir a pesca predatória de peixes e capturas de quelônios e não identificamos pescadores do amazonas”, disse.

Yuri cita que neste período é permitida a pesca de caráter científico, autorizada pelo órgão ambiental competente, por pescadores artesanais e amadores que utilizem linha de mão ou vara, linha e anzol. Para pescadores amadores e devidamente licenciados é permitido pescar até 5 kg de peixe e mais um exemplar, e é permitida a pesca de até 10 kg de peixe, por dia, para subsistência dos ribeirinhos. (R.R)