Cotidiano

Focos de calor em Roraima superam índices dos últimos anos

Cenário climatológico de 2019 é considerado alarmante e se assemelha aos anos de 2010 e 2013, períodos mais críticos dos últimos dez anos

Com o cenário climatológico considerado alarmante em 2019, a Defesa Civil do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima) faz um alerta para toda a população: não fazer queimada irregular.

A última atualização do Boletim Climatológico, nesta quinta-feira, 6 de março, registra 1.444 focos de calor em Roraima. Este número é superior à normalidade para o período.

Já o nível do rio Branco em Boa Vista está em 0,10 m, número considerado abaixo da média em comparação ao mesmo período de anos anteriores que enfrentaram estiagem. Isso ocorre devido à falta de chuva, que está em baixa precipitação há três meses.

Esse cenário levou a uma reunião com o governador Antonio Denarium, na manhã desta quinta-feira, 7, no Palácio Senador Hélio Campos. No encontro, o chefe do Executivo destacou a importância de se controlar os incêndios florestais. “Nossa reunião foi para traçar estratégias que ajudarão na prevenção de incêndios em Roraima”, disse.

“Precisamos fazer parcerias com as Prefeituras, com o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e com a Femarh [Fundação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos]. O grande problema, hoje, é a falta de recurso para fazer um trabalho preventivo ao combate de incêndio”, frisou Denarium.

Mas ele ressaltou a importância da ajuda da população. “Principalmente ao produtor rural, peço que quando uma propriedade vizinha estiver pegando fogo, que façam um mutirão de ajuda para apagar os incêndios antes que tomem grandes proporções”, disse.

O diretor Executivo de Proteção e Defesa Civil, coronel Cleudiomar Ferreira, pediu para que as pessoas se sensibilizassem com a situação do Estado.

“Temos uma situação grave em Boa Vista que é o incêndio em terrenos baldios, é uma realidade constante neste período de verão”, disse, ao acrescentar que o certo é recolher o lixo e levar para o lixão. “Há também a opção de contratar empresas para realizar este serviço de limpeza”, orientou o coronel.

Em relação aos proprietários de áreas rurais, Ferreira alertou sobre a necessidade de autorização dos órgãos ambientais para fazer queimadas controladas.

“Não façam queimas sem autorização dos órgãos ambientais, inclusive, eles que passam orientações de como devem ser realizadas essas queimadas”, ressaltou. “Vale lembrar que é necessário permanecer no local durante todo período de queima e as chamas cessaram por completo porque neste período o vento é muito forte e pode espalhar fagulhas, dando origem a incêndios descontrolados”.

Conforme ele, queimas irregulares causam prejuízos tanto para os proprietários quanto para os moradores vizinhos. Exemplo disso estão queimas descontroladas em Iracema Mucajaí e Amajarí.

“Isso traz um transtorno muito grande para a população de forma geral, além de ser crime ambiental e passível de multa por parte do órgão de gestão ambiental dos municípios”, pontuou o diretor executivo.