Cotidiano

Força tarefa terá reforço de vacinação e distribuição de cartilha informativa

Em reunião realizada essa semana, a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde de Roraima (CGVS-RR) discutiu junto a órgãos federais, estaduais e municipais um plano de ações para impedir que o surto de sarampo, que tem castigado localidades da Venezuela, chegue ao Brasil por meio da fronteira de Pacaraima, no Norte do Estado.

A preocupação é grande, visto que com a proximidade das festas de final de ano e as férias escolares, o número de turistas roraimenses e amazonense cresce de forma expressiva. “Pelo regulamento sanitário internacional, que o Brasil assinou em 2005, nós não podemos exigir vacinas como um impeditivo para a entrada no país e então decidimos adotar como estratégia principal o reforço de informação junto aos turistas, visto que nós temos as festas de final de ano, as férias escolares e também a condicionante de que a Venezuela não possui mais a disponibilização de voos comerciais, devido à crise financeira, fazendo com que muitos deles venham para o país em busca das escalas internacionais, seja para os Estados Unidos ou Europa”, explicou a diretora da CGVS, Daniela Souza.

De acordo com Daniela, entre as ferramentas que serão adotadas está a distribuição de informativos junto aos turistas que entram e saem do Estado. Os materiais, segundo ela, serão disponibilizados nas rodovias federais e também aeroportos localizados tanto em Roraima quanto no Amazonas.

“Essa questão do turismo era algo que já vínhamos debatendo já faz algum tempo, mas era preciso alinhar ações mais amplas. Nisso, nós convidamos a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal e as instituições ligadas à área de turismo como um todo, ficando definida que todas vão trabalhar a massificação desse informativo. Esse material vai ser disponibilizado não só ao longo de todas as rodovias de Roraima, como também estarão em faixas, cartazes e junto aos veículos de imprensa, que nos ajudam muito”, informou.

A imunização também foi outro ponto incluído dentro das ações previstas pela CGVS e entidades parceiras. Segundo Daniela, a preocupação recai principalmente sobre as crianças, considerado o público mais vulnerável para a doença.

“A gente conseguiu levantar que temos em torno de 13 mil crianças, com idade de 1 ano e 3 meses a 2 anos, que deveriam estar vacinadas com a tríplice viral e que não procuraram a vacina. Esse é um número expressivo e que a gente vai ter que imunizar. Para isso, vamos ter o apoio das secretarias do município, para que se possa buscar essas crianças para a imunização, garantindo que a gente não tenha nenhum surto da doença”, disse.

A coordenadora da CGVS adiantou ainda que uma força tarefa junto à população deverá ser realizada ainda este ano. A previsão é de que a ação ocorra já na sexta-feira da próxima semana, 22. “Essa articulação é fundamental, pois se trata de uma situação bastante complicada e o Brasil batalhou para dominar essa doença”, concluiu. (M.L)