Cotidiano

Fórum dá visibilidade e incentiva a Economia Solidária em Roraima

Organizadores querem mostrar que economia solidária também gera emprego e renda, além de fortalecer a economia do Estado

O primeiro intercâmbio de Economia Solidária entre os estados de Roraima e Amazonas iniciou na manhã de ontem, no auditório Alexandre Borges, da Universidade Federal de Roraima (UFR), e segue neste sábado promovendo debates e disseminando a importância das políticas públicas de economia solidária para o trabalho cooperado e associado. Cerca de 20 empreendedores do Amazonas e aproximadamente 50 de Roraima, dos diferentes segmentos, estão participando do evento.
Segundo o superintendente regional do Trabalho, Luiz Alberto de Oliveira, um dos organizadores do evento, o fórum pretende dar visibilidade dessa prática no Estado e representa uma troca de experiência de práticas de economia solidária do Estado do Amazonas e tem o objetivo de disseminar as políticas publicas no Estado e que tem como modelo as cooperativas, associações, inclusive indígenas, clubes de mães, agricultura familiar, grupos de artesãs e catadores de resíduos sólidos (lixo). No primeiro dia foi debatido o papel da Economia Solidária no desenvolvimento socioeconômico do Estado de Roraima.
“Através desse fórum, vamos dar maior visibilidade a esse segmento como outra forma de cidadania, de trabalho emprego e renda”, disse Luiz Alberto ao frisar que, por meio desse intercâmbio com o Amazonas, que tem uma larga experiência no ramo, pretende-se mostrar a importância do setor para o crescimento da economia no Estado. “Serve para desmitificar que em Roraima predomina a economia do contracheque quando, na verdade, a economia solidária também gera emprego e renda e ajuda a fortalecer a economia do Estado”, frisou.
Ele explicou que a economia solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver, de modo a não explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente, cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem, sem patrão nem empregado, segundo frisou. “É uma prática regida pelos valores de autogestão, democracia, cooperação, solidariedade, respeito à natureza, promoção da dignidade e valorização do trabalho, tendo em vista um projeto de desenvolvimento sustentável global e coletivo”, disse.
Ele ressaltou que também é entendida como uma estratégia de enfrentamento à exclusão social e precarização do trabalho, sustentada em formas coletivas, justas e solidárias de geração de trabalho e renda. “As pessoas produzem, comercializam e a distribuição é igualitária para todos os participantes”, frisou.  
No fórum, além de aprender novas práticas de economia solidária, os participantes vão expor suas produções artesanais. “Também terão a oportunidade de falar de suas experiências, como das dificuldades enfrentadas diante daquilo que esperam que o poder público desenvolva através das políticas públicas para este segmento, pois sentimos muitas dificuldades sem a participação do Estado e dos municípios, apesar da Setrabes [Secretaria Social do Trabalho e Bem-Estar Social] estar demonstrando bastante interesse nesta atividade”, frisou.
O intercâmbio está sendo promovido desde ontem pelo Fórum Estadual de Economia Solidária, Superintendência Regional do Trabalho e Setrabes. (R.R)