As fronteiras de Roraima com os países da Venezuela e Guiana vão permanecer fechadas por tempo indeterminado, sem previsão de reabertura, mesmo com a reabertura do comércio em Lethem. Desde março deste ano que a passagem de estrangeiros pelos municípios de Bonfim e Pacaraima está suspensa.
O relato é do governador Antonio Denarium (sem partido) em entrevista exclusiva à Folha nesta quinta-feira, 23. O chefe do Poder Executivo ressalta que a responsabilidade de abrir ou fechar as fronteiras é do Governo Federal e que esteve mês passado em Brasília com o presidente Jair Bolsonaro, com o ministro-chefe da Casa Civil, General Ramos, e com o Ministro da Justiça, André Mendonça, onde apresentou documentos solicitando a permanência da fronteira fechada.
“Me foi confirmado que estenderia por um tempo maior o fechamento com a Venezuela e com a Guiana também”, informou. “Não tem previsão de abertura da fronteira para trânsito de passageiros. O comércio de carga continua apto, pois precisamos manter as relações comerciais entre os países, o que tem sido muito importante para a economia do Estado. Estamos cumprindo todas as obrigações de segurança para impedir a contaminação do covid-19”, explica.
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O governador ressaltou ainda que é importante conciliar o comércio, a economia e a saúde para obter dados positivos para o Estado, em contraponto ao que foi observado nos últimos meses por conta da pandemia do covid.
“Nós estávamos em primeiro lugar no índice de carteiras assinadas nos primeiros meses do ano e em março começou a cair. Abril e maio foi negativo, teve mais demissões do que contratações”, declarou. “A partir do momento que a gente melhora o atendimento da saúde, temos opção de reabrir as atividades comerciais”, acrescenta.
Para conseguir essa retomada do comércio, o governador informou que o Poder Executivo adotou medidas de incentivo aos empresários, como a prorrogação do pagamento do ICMS e IPVA. No entanto, Denarium ressalta que a população também tem que fazer a sua parte.
“As pessoas do grupo de risco tem que estar isoladas e o restante da população tem que retornar ao trabalho de forma organizada, cumprindo as recomendações do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, pontuou.
