A morte de um garimpeiro na manhã desta desta sexta-feira (22), na região do Parima, área Yanomami, localizada no município de Alto Alegre, resultou em uma manifestação de aproximadamente 200 garimpeiros em frente ao prédio da Superintendência da Polícia Federal em Roraima, na tarde de hoje.
Policiais do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Choque e da PRF (Polícia Rodoviária Federal) estiveram no local, prestando apoio para evitar qualquer transtorno.
Jailson Mesquita, representante da Associação dos Garimpeiros Independentes de Roraima (AGIR), informou que estavam em frente à Polícia Federal para pedir que seja resgatado o corpo do garimpeiro Joaquim Santiago Frutuoso, conhecido como Baiano, que ainda se encontra na região.
“Ele foi assassinado. Segundo informações que recebemos é que os policiais federais chegaram na região atirando aleatoriamente e o cidadão que estava soldando uma balsa saiu com as mãos para cima em sinal de rendição, quando recebeu um tiro na cabeça. Isso é execução”, ressaltou Mesquita.
“Estamos cobrando também uma investigação da PF sobre esse ocorrido, para que nos diga como assassinaram e quem atirou no trabalhador. Queremos uma resposta da PF para buscar o corpo, para que tenha um enterro digno”, comentou Mesquita.
O representante da Associação dos Garimpeiros Independentes de Roraima disse que teme que a cena do crime seja alterada. “Se aparecer alguma arma na mão dele é porque foi colocada na mão dele”, ressaltou.
Mesquita estava em frente ao portão da PF, junto com outros garimpeiros, querendo entrar para falar com alguém da instituição, quando foi autorizada a sua entrada.
POLÍCIA FEDERAL – A reportagem entrou em contato com a PF, e aguarda retorno.