“Faço porque gosto”. A afirmação é de uma garota de programa que cursa o último semestre de Direito em uma faculdade particular de Boa Vista. Amanda, nome fictício, tem 26 anos e há oito faz sexo por dinheiro. Ela diz que faz programa porque quer, pois seu pai é um empresário amazonense bem-sucedido, dono de uma rede de supermercados.
A prostituta acadêmica também faz serviço de acompanhamento a homens, de preferência casados. Ela conta que por mês chega a ganhar até R$ 6 mil. O programa, serviço mais procurado, varia de R$ 500 a R$ 1 mil, dependendo das exigências do cliente e do horário.
“A maioria dos meus clientes opta pelo motel. Às vezes, vamos a um pousada ou até mesmo a um hotel. Alguns ligam e marcam o programa na própria casa, quando não são casados. Então, vou lá e faço uma ou duas horas de sexo, recebo meu dinheiro e vou embora”, contou a acadêmica.
Amanda disse que começou a fazer programa porque tinha uma amiga que já ganhava dinheiro fácil, segundo ela, fazendo sexo. Foi quando a jovem decidiu também ganhar dinheiro com o corpo. “Sexo é uma coisa prazerosa e adoro fazer com meu namorado, mas com os outros eu cobro”, brincou.
Mas o cotidiano da prostituta é corrido. Pela manhã e à tarde, ela atende clientes, uma média de três por dia, e à noite estuda as leis do Código Penal brasileiro. Amanda veio de Manaus (AM) em 2006. Lá ela foi criada com pai e mãe, donos de supermercados. Mas, ao chegar a Boa Vista, depois de passar quatro meses na casa da tia, decidiu batalhar sozinha.
“Eu já gostava de sexo. Então, decidi unir o útil ao agradável. Porque não fazer o que gosto e ainda ganhar dinheiro?”, questionou. Contudo, Amanda disse que os pais não sabem o que ela faz, só sabem que estuda Direito.
Os clientes da universitária são selecionados. Nada de garotão aventureiro ou homens pobres sem educação. Ela conta que detesta vulgaridade e garante que seu trabalho é extremamente profissional e de alta qualidade.
“Só saio com quem tem dinheiro, quem tem educação, é fino, requintado. Meu público é formado por empresários e políticos. Já viajei até aos Estados Unidos acompanhando uma autoridade pública do Estado, passando-me por esposa dele. Além do passeio maravilhoso, quando cheguei, ainda ganhei R$ 5 mil pelo serviço”, lembrou.
A garota termina o curso de Direito ainda este ano. Seus estudos foram todos pagos com dinheiro da prostituição. Amanda disse que será advogada, mas não pensa em parar com a profissão mais antiga do mundo, a prostituição. “Como disse, faço porque gosto”, finalizou. (AJ)