ANA GABRIELA GOMES
Editoria de Cidade
O consumidor brasileiro acordou com a notícia de um novo aumento na última sexta-feira do ano, desta vez em relação ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). O famoso gás de cozinha sofrerá um reajuste de 5% no repasse às distribuidoras, conforme anúncio feito pela Petrobras. A mudança vale para todos os tipos de GLP: residencial, comercial e industrial, vendido em botijões de 13 a 90 quilos.
Desde o início de 2019, o gás teve alta acumulada de cerca de 10%, com seis aumentos durante o ano. A única redução ocorreu em agosto, quando as botijas de 5kg, 8kg e 13kg ficaram nove centavos mais baratas. No entanto, os preços são livres e variam nos pontos de venda, o que impede de definir o novo valor. Em Boa Vista, o preço da botija de 13kg varia de R$ 80 a R$ 88, a depender do bairro.
Com a confirmação do sexto reajuste no ano em relação ao produto, revendedores da Capital esperam que a nova tabela seja lançada logo nos primeiros dias de 2020. “Só após a divulgação da tabela será possível calcular e repassar os novos valores aos consumidores. Por enquanto, o preço continua o mesmo”, explicou um revendedor autorizado Fogás que preferiu não se identificar.
O último reajuste divulgado pela Petrobras ocorreu no final de novembro. À época, o aumento de 4% nos valores das botijas de 8kg, 10kg e 13kg foi de R$ 0,88, R$ 1,10 e R$ 1,43, respectivamente. Os valores, entretanto, só chegaram ao consumidor no início deste mês. “A gente mal se adapta a um preço e eles já aumentam de novo. Eu já nem consigo mais acompanhar”, comentou a dona de casa Perpétua Brito.
Quem também sentiu o peso dos reajustes durante o ano foram as autônomas Vanda Vieira e Inês Rodrigues. Independente do preço, todos os dias novas botijas são compradas para os respectivos boxes no Mercado São Francisco. Há 30 anos no ramo alimentício, Dona Vanda, como gosta de ser chamada, serve cerca de 400 refeições na hora do almoço utilizando uma botija de 13 quilos por dia.
O mesmo acontece com a Dona Inês. No ramo há cerca de 20 anos, ela utiliza pelo menos duas botijas para servir 250 refeições por dia. Ou seja, quase R$ 170. “Aí a gente tem que comprar independente do preço. Eu nem estava sabendo desse novo reajuste, mas espero que não seja tão expressivo. Uma alternativa seria um fogão à lenha, né? Mas se a gente não tem, se vira como pode”, brincou.
OUTROS REAJUSTES – Na última semana, a Petrobras elevou também o preço médio do diesel em suas refinarias em 3%. A medida passou a valer no sábado, 21. O último reajuste no diesel, combustível mais comercializado do Brasil, havia sido feito em 4 de dezembro. Por enquanto, o valor da gasolina não foi alterado.