O Sindicato dos Postos de Combustível em Roraima (Sindipostos-RR) se posicionou em relação à matéria “Preço da gasolina deverá chegar a R$ 4,05”, publicada na edição de ontem. Conforme a entidade, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ainda não informou os fornecedores sobre o reajuste, o que mantém o preço atual em prática até um informe oficial.
Segundo a ANP, o preço médio atual da gasolina em Roraima é de R$ 3,53. O cálculo foi ponderado de acordo com as vendas de combustíveis informadas pelas distribuidoras à Agência, por meio do Sistema de Informações de Movimentação de Produtos. Caso o Governo Federal aplique um reajuste de R$ 0,50 sobre a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), imposto que incide sobre a gasolina, outros derivados do petróleo, de gás natural e sobre o preço do álcool, o preço médio da gasolina pode chegar a R$ 4,05.
O presidente do Sindipostos-RR, José Neto, disse que a gasolina em Roraima é a terceira mais barata da região Norte, ficando atrás apenas dos estados de Tocantins e Amapá. “Nosso preço é próximo ao praticado no Rio de Janeiro, que está próximo da fonte, onde a gasolina é vendida a R$ 3,51”, afirmou.
Conforme a composição de preços ao consumidor, divulgada pela Petrobras, 32% do preço cobrado pela gasolina corresponde à realização da Petrobras, 11% é referente à Cide e demais contribuições, 28% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), 11% de custo do etanol anidro e 18% de distribuição e revenda.
Neto explicou que em Roraima o ICMS é de 25%, e a porcentagem de lucro dos postos fica entre 10% e 12%. “Nossa margem é utilizada para o pagamento de despesas e funcionários. Abrimos mão dos 18% por uma questão de concorrência para ofertar um preço justo ao consumidor”, afirmou.
Em relação à informação sobre o impacto do reajuste da gasolina nos demais setores, o presidente do Sindipostos-RR informou que isso ocorre somente se o preço do diesel sofrer aumento. “Os caminhões que fazem frete de mercadorias utilizam diesel, então, o preço da gasolina não os afeta”, detalhou.
Sindipostos diz que frentistas assinam um acordo prevendo riscos de assaltos
O Sindipostos-RR também se manifestou em relação à matéria “Frentista se torna uma profissão de risco”, publicada na Folha do dia 02 de setembro, que afirma que a Norma Regulamentadora (NR) 20, que trata sobre as condições de saúde ocupacional e segurança para quem trabalha em postos de combustíveis, não estaria sendo respeitada.
Na matéria, os frentistas reclamam que não utilizam máscaras para diminuir as consequências da proximidade com produtos tóxicos. Em relação a esta declaração, José Neto afirmou ter procurado técnicos sobre o assunto. “Os especialistas em segurança do trabalho nos informaram que não é necessário o uso de máscaras. Isso não ocorre em lugar nenhum. A exposição não chega a um nível relevante”, disse.
Em relação ao dinheiro cobrado aos frentistas pelos assaltos sofridos nos postos, Neto informou que os frentistas são responsabilizados apenas em alguns casos.
Ele frisou que quando contratados, eles assinam um aditivo no qual se responsabilizam a depositar o dinheiro dos abastecimentos realizados em um cofre.
“Eles devem permanecer com apenas R$ 200,00 em mãos para o troco. Caso eles sejam roubados em uma quantia superior a isso, eles serão responsabilizados”, frisou. (I.S)