Os gêmeos brasileiros de 3 anos, Arthur e Bernardo Lima, que nasceram unidos pela cabeça e foram separados após passarem por uma cirurgia de 27 horas no Rio de Janeiro, agora precisam de ajuda para manter os custos na cidade.
A família tem vivido com uma ajuda de custo do estado de Roraima, onde a família morava antes de se mudar para o Rio de Janeiro, onde é oferecido equipes especializadas no caso e hospitais mais capacitados.
O Hospital cedeu um quarto para a mãe e ela passou a praticamente morar no hospital com os gêmeos. Arthur tem previsão de alta para daqui a um mês. Bernardo teve algumas complicações no pós-operatório e segue sem previsão de alta. Os dois são cadeirantes e terão que aprender a andar.
“O maior sonho é ver eles recuperados, com saúde e até com uma vida social como as outras crianças. Poder estudar, poder jogar bola”, contou o pai dos gêmeos, Antônio Lima.
A maior preocupação dos pais é quando eles saírem do hospital. Precisam de camas adaptadas, pois o local da cirurgia é muito delicado, e de forma alguma podem bater. Os pequenos também possuem muitas alergias e terão que fazer reabilitação, em um local longe da casa onde eles moram de aluguel hoje.
Os pais tiveram que deixar os empregos quando mudaram para o Rio de Janeiro. Antônio tem 39 anos e pretende voltar a trabalhar assim que os meninos tiverem alta.
Por causa da fragilidade das crianças, elas não podem pegar transporte coletivo e a família não tem condições de arcar com táxi todos os dias para ir à reabilitação, que será de segunda a sexta. Adriely Lima precisa ainda, tirar a habilitação para conseguir dirigir e levar as crianças.
Para ajudar a dar o apoio necessário para a família, foi iniciada uma campanha com o objetivo de comprar as camas adaptadas, o carro, cadeiras de rodas para eles, pagar a habilitação da mãe e ajudar nos demais custos. O link da vaquinha on-line está disponível clicando aqui.
O CASO
+ Siameses filhos de pais roraimense são separados após 27 horas de cirurgia
Considerados os gêmeos craniópagos (unidos pelo crânio) mais velhos a serem separados, Arthur e Bernardo Lima nasceram em 2018, e compartilhavam parte do cérebro e uma veia principal que leva o sangue de volta ao coração.
A instituição de caridade médica Gemini Untwined, do Reino Unido, que ajudou a realizar o procedimento, descreveu o caso como “a separação mais desafiadora e complexa até hoje”, já que as crianças compartilhavam várias veias vitais.