Cotidiano

Gianluppi contesta versão de empresário

Presidente do Comitê Gestor do ZEE afirma que tem todas as provas que desmentem denúncias feitas na edição de ontem

O presidente do Comitê Gestor do Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE) da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), Daniel Gianluppi, procurou a Folha para contestar a versão dada pelo empresário Francisco de Assis Máximo de Souza, o Chiquinho do Apiaú, proprietário da empresa Máximo e Cia, na reportagem desta quinta-feira, intitulada “Projeto do ZEE vira caso de polícia”. O empresário registrou Boletim de Ocorrência no 1º Distrito Policial acusando Gianluppi de estar de posse de parte dos estudos feitos por sua empresa, que venceu uma licitação em 2011 para fazer o ZEE para o Governo do Estado.
Na ocorrência, Chiquinho denuncia que Gialuppi teria copiado parte do Zoneamento feito em 2003 pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e estaria apresentando-a como se fosse da empresa contratada. “Nego tudo que foi dito por ele [Chiquinho] e tenho tudo documentado sobre o que ele entregou e as notas que lhe foram pagas”, frisou Gianluppi, acrescentando que ficou surpreso com os comentários e que também foi à polícia apresentar as provas de que o empresário havia entregue a documentação e também as notas fiscais atestando que o trabalho entregue foi pago.
“Mostramos à polícia todas as provas de que ele [empresário] está mentindo e vai ter que prestar contas daquilo que está colocando na imprensa”, frisou ao complementar que existiu um contrato do Instituto de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado (IACT) com a empresa Máximo e Cia, o qual expirou em 2011. “Ele assinou o que entregou e o que foi pago. Não sei o que deu nele para dizer isso. Ou, então, existe algum interesse escuso por trás disso”.  
Gianluppi afirmou que, depois que o processo do ZEE havia sumido do IACT, ele conseguiu as cópias de todo processo junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), órgão que fez uma auditoria em 2011. “Conseguimos localizar o processo do ZEE no TCE, que fez uma auditoria em 2011. Pedimos cópias e estamos com todos os documentos provando como foi feito os pagamentos do trabalho realizado. Estou amparado de documentos e não apenas de palavras. Não fujo de nenhuma checagem do que ele está dizendo”, ressaltou, referindo-se a ter sido acusado de ter feito cópias do trabalho da CPRM.
Sobre isso, ele disse que existem dados que são de domínio público e que se pode usar em qualquer trabalho, como o programa Radambrasil, por exemplo, que apresenta dados primários, diagnósticos físicos e socioeconômico de todo Brasil, inclusive de Roraima.
“Esses dados primários podem ser usados num trabalho e deve ser citada a razão bibliográfica Radambrasil, mas temos muita coisa nova, com muito dado básico nesse Zoneamento de Roraima, com todo levantamento socioeconômico, novos estudos de geologia e geomorfologia. O trabalho de solo foi adensado no que se podia melhorar do que estava no Radambrasil e no CPRM. Foram feitas mais de 500 amostras a mais de solo, o que resultou numa maior precisão na separação das manchas de solo bem superior à da CPRM”, destacou.  (R.R)