Cotidiano

Governo afirma que atende pautas e Sinter nega que está dificultando negociações

Segundo o Governo, após as propostas apresentadas, o sindicato se comprometeu a enviar uma resposta, mas não cumpriu o acordo

Em nota encaminhada à imprensa na manhã desta segunda-feira, 31, o Governo do Estado afirmou que procurou atender a pauta de reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter), mas foi ‘ignorado’ pela categoria.

“Houve diálogo aberto e transparente, mas o Sinter não respondeu sobre as propostas apresentadas pelo Governo na segunda-feira da semana passada, dia 24 de agosto, para os dois únicos itens divergentes na audiência de conciliação realizada pelo Tribunal de Justiça, nos dias 17 e 18 de agosto, quando o Governo firmou acordo em 37 dos 39 itens da pauta de reivindicações”, diz trecho da nota.

Conforme o Governo, a administração se propôs a pagar as progressões atuais e as atrasadas dos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014. Segundo o Governo, os pagamentos terão que ser feitos com recursos próprios do Estado considerando que há uma legislação que proíbe que o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) seja usado para resolução de dívidas de anos anteriores.

Ainda segundo o Governo, o Sindicato “se comprometeu a apresentar resposta até a sexta-feira, dia 28, mas não cumpriu em gesto de desrespeito aos 74 mil alunos e seus familiares, que estão prejudicados com a greve” e solicitou que os professores retomem as aulas imediatamente.

OUTRO LADO

O presidente do Sinter, Ornildo Roberto, negou as afirmações do Governo do Estado. “O que eu posso falar a respeito é que isso não é verdade, por que veja bem, nós mais do que ninguém queremos sim abrir o diálogo, queremos negociar com o Governo”, reforçou.

De acordo com Ornildo, na segunda-feira da semana passada, 24, o Governo fez uma proposta, a categoria analisou e entendeu que aquela proposta não dava segurança ao sindicato e foi decidido então que o Sinter elaboraria uma nova contra-proposta.

“Hoje a tarde nós estaremos enviando essa contra-proposta ao Governo, no final da tarde, para que o Governo abra um canal de negociação”, concluiu.

Com informações da Secom