Cotidiano

Governo aumenta plantio em larga escala em áreas indígenas

O Secretário do Índio Marcelo Pereira foi o entrevistado do Programa Agenda da Semana, comandado pelo economista Getúlio Cruz e falou sobre o aumento da produção de grãos em larga escala nas terras indígenas de Roraima.

Na avaliação do secretário, o projeto implantado dois anos atrás modificou a realidade nas comunidades indígenas e tem resultado positivo.

“Os nossos povos indígenas também são amplamente reconhecidos pelas experiências com a “roça” de diversos alimentos, principalmente a macaxeira, o milho e o feijão. Então houve investimento e valorização do governador Antonio Denarium e as comunidades produziram mais, com mais qualidade e o excedente está sendo comercializado, fazendo com que as populações indígenas tivessem um retorno econômico, que em médio e longo prazos, proporcionam o desenvolvimento” explicou.

Marcelo disse que 52 mil sacas de milho foram colhidas e já foram comercializadas mais de R$ 1,2 milhão somente no mercado de Boa Vista.

“O mercado agora tem boa oferta de produto de qualidade e de preço mais acessível. Foi uma ação de governo abraçada pelas comunidades indígenas. Tem comunidade colhendo até 142 sacas por hectare e tenho certeza que no ritmo que o governador Denarium está colocando para seus secretários adotarem, logo logo os indígenas terão independência no plantio de grãos”.

O secretário do índio afirmou ainda que dentro do Programa implantado pelo Executivo Estadual, de apoio à produção para as comunidades indígenas mais de 2 mil toneladas de calcário agrícola já foram distribuídas e outras 3 mil estão sendo adquiridas para o preparo de mais da terra, em nove municípios, contemplando 51 polos produtores e 98 comunidades. No total, seriam mais de R$ 11,3 milhões investidos pelo Governo de Roraima, beneficiando mais de 2.400 agricultores indígenas.

“Cada polo é composto por grupos de trabalho com no mínimo 10 famílias. A meta do projeto é expandir a área plantada para 1.500 hectares, com plantio de milho – para garantir as demais produções, como a alimentação de suínos e outros animais – e feijão, que é para o consumo e o excedente comercializado. Estamos trabalhando para garantir a segurança alimentar das populações indígenas e também a geração de renda, uma vez que o excedente pode ser comercializado e garantir recursos para investimento no próximo plantio”, destacou.

Participação do Governo

No projeto, além de fornecer as sementes e calcário para a correção do solo, o Governo de Roraima ainda oferece assistência técnica para o plantio, implementos agrícolas e outros insumos, além do maquinário para o preparo da terra. O projeto é coordenado pela Secretaria do Índio.

Cada polo pode ter entre 10 a 40 hectares e grupos de 10 famílias, no mínimo. Para ser contemplada pelo projeto, a comunidade precisa da definição da área a ser trabalhada para o plantio, além do cercado, para proteger a plantação de animais. “As comunidades devem seguir esses critérios para serem contempladas pelo projeto”, reforçou.

Ele ressaltou que a comunidade deve formalizar o interesse em participar do projeto, para então o Governo iniciar as tratativas e logística. “A comunidade precisa solicitar da Secretaria do Índio para então ser contemplada, uma vez que devem seguir os critérios para a execução do projeto”, pontuou.

Projeto Plantio de Grãos em comunidades indígenas

Ano agrícola
2021/2022

Cultura(s)
Milho e/ou Feijão

Área total de produção
1.500 ha

Expectativa de área plantada em 2021
800 ha

Nº de municípios atendidos em 2021
09 (Alto Alegre, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, Normandia, Pacaraima, São João da Baliza e Uiramutã)

Nº de comunidades atendidas em 2021
98

Nº de unidades familiares atendidas em 2021
600

Nº de polos de produção (total) 
51

Nº de etnias atendidas
06 (Ingarikó, Macuxi, Sapará, Taurepang, Waiwai e Wapichana)