Depois de 24 dias do anúncio feito pelo governo, o mutirão de cirurgias eletivas no Hospital Geral de Roraima (HGR) e no Hospital Materno-Infantil (HMI) não começou. O Estado alegou superlotação nas unidades para não ter iniciado os procedimentos.
O objetivo com essa mobilização coletiva de profissionais da saúde era dar agilidade aos atendimentos, com a finalidade de acabar com as filas de espera para exames e cirurgias.
A realização do mutirão foi divulgada em 25 de março pelo ex-secretário de Saúde Ailton Wanderley durante coletiva de imprensa no Palácio do Governo. Na ocasião, ele afirmou que essa mobilização se iniciaria na mesma semana da entrevista nos turnos manhã, tarde e noite, além dos fins de semana.
Segundo o ex-secretário, a medida estaria sendo possível após a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) começar a receber o material necessário para a realização dos procedimentos.
Ainda na coletiva, foi anunciado que a Sesau tinha uma lista de quatro mil cirurgias na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). No HGR, eram 400 e 200 na maternidade.
Também foi anunciado que o mutirão de cirurgias atenderia a região Sul do Estado, no Hospital Regional Sul de Rorainópolis.
GOVERNO DO ESTADO – Por meio de nota, a Sesau informou que, devido aos picos de superlotação nas unidades, ainda não foi possível a realização do mutirão de cirurgias. No entanto, elas estão acontecendo de acordo com a disponibilidade de vagas nos leitos.
Ainda segundo a Sesau, até segunda-feira, 15, foram realizadas 173 cirurgias eletivas no HGR. As cirurgias realizadas pelo Hospital Regional Sul, em Rorainópolis, estão ocorrendo conforme programação da unidade hospitalar. Desde o início do ano, foram feitas 79 cirurgias e a previsão é que mais 15 sejam feitas até o fim de abril.
Quanto ao abastecimento das unidades, os itens dos contratos emergenciais começaram a ser entregues no fim de março e as unidades de saúde voltaram a ser abastecidas de forma regular, inclusive, uma nova remessa de medicamentos e materiais foram entregues esta semana para a Sesau.
“É importante salientar que o abastecimento da rede estadual está ocorrendo de forma contínua e crescente, à medida em que novos contratos são celebrados e conforme solicitação das unidades de saúde à Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica”, conclui a nota.