O secretário de Justiça e Cidadania de Roraima (Sejuc), Uziel Castro, informou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (9) que, até o momento, ainda estão sendo realizadas contagens dos presos que estão na Pamc, mas que segundo levantamento preliminar, a unidade conta com 1.467 detentos. “Ainda não terminamos a contagem que está sendo feita de forma muito rigorosa, e a número muda a todo o instante. Há uma revista cela por cela, precisamos de um efetivo de 60 a 80 policiais militares em apoio aos agentes penitenciários, e isso está sendo feito” contou.
Castro informou que a Polícia Civil instaurou uma investigação após a morte de 33 detentos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
Segundo ele, as mortes não se referem a um acerto de contas ou vingança entre facções criminosas, já que a Sejuc já havia separado as lideranças entre a Penitenciária Agrícola e a Cadeia Pública.
“Tendo em vista que na Pamc só havia presos que se identificam de uma facção, não foi um acerto de contas, não foi uma vingança. O nosso serviço de inteligência está detectando possivelmente uma represália a presos que não queriam aderir à facções. Nós tivemos o cuidado de separar os presos que se identificavam com as lideranças, eles querem exercer o domínio do crime e estão forçando os presos a se batizarem” explicou o secretário.
Entre as medidas tomadas após a chacina, o secretário ainda relatou um novo plano de segurança que prevê modernização e distribuição de maiores recursos para os presídios, além da construção de uma nova unidade.
“Em todos os presídios do Brasil há tensão, por isso reforçamos o policiamento em todas as unidades em Roraima. Além disso, o Governo está oferecendo acompanhamento psicológico para os parentes das vítimas” contou.