A governadora Suely Campos (PP) anunciou que fará uma parceria com a Federação das Associações de Moradores de Roraima (Famer) para regularização de uma área com o objetivo de oferecer moradia a 13 mil famílias na Capital. O anúncio foi feito em solenidade realizada na manhã de ontem, 30, no Salão Nobre do Palácio Senador Hélio Campos, onde estavam reunidos centenas de integrantes da Federação, além de secretários estaduais.
À Folha, o presidente da Famer, Faradilson Mesquita, informou que a parceria prevê que a entidade entre com uma contrapartida, que será a compra de um terreno de 750 hectares que custará R$ 1 milhão, e o Executivo estadual fique responsável pela regularização fundiária do lote e ofereça toda a infraestrutura do novo bairro, que deverá se chamar Antônio Torres, em homenagem a seu pai. “Hoje está sendo anunciado o convênio e, no dia 6 de fevereiro, a Assembleia Legislativa fará audiência extraordinária para atender a Federação e se comprometer a apoiar o projeto que será enviado pelo executivo”, disse.
Questionado pela reportagem sobre a propriedade da área e a localização, Mesquita afirmou que só irá dar detalhes da negociação durante a audiência do próximo mês. A reportagem apurou, no entanto, que o novo bairro deve ser criado na Gleba Cauamé, em uma área localizada a oito quilômetros do Anel Viário, na RR-205, rodovia que liga Boa Vista a Alto Alegre.
Conforme Faradilson, o dinheiro para a compra do terreno foi adquirido por meio de doação dos integrantes da Famer. Cada família teria repassado à Federação R$ 250,00. “Por isso fizemos que cada membro doasse o dinheiro e estamos agora atendendo a contrapartida nessa relação com o Governo do Estado”, explicou.
Ele afirmou que o proprietário da área teria viajado e que retornaria ao Estado no dia 3 de fevereiro para formalizar a venda da propriedade. A previsão é que, no dia 14, a área seja entregue às famílias para regularização e início das obras de infraestrutura.
A governadora destacou que a parceria será uma oportunidade de reduzir o déficit habitacional de Roraima. “Iremos fazer os estudos da legalidade para formalizarmos a parceria. São famílias que não têm onde morar e o sonho de ter a casa própria está perto de ser realizado”, disse.
Conforme Suely, a regularização do terreno ficará a cargo do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima). “Fica na gleba Cauamé. Depois o Governo entra com projetos estruturais que compõem um bairro. É um longo caminho a percorrer, pois iremos captar recursos das emendas parlamentares, mas não temos estimativa de quanto será gasto porque os projetos serão concebidos para fazer avaliação”, frisou. (L.G.C)