Governo não repassa descontos e deixa servidores na lista dos inadimplentes

Servidores estaduais estão denunciando que os descontos que estão sendo realizados em seus contracheques, referentes a empréstimos consignados, Imposto de Renda da fonte e para o Instituto de Previdência do Estado de Roraima (Iper), não estão sendo repassado aos órgãos de origem. No caso dos consignados, eles estão sendo inclusos na lista de inadimplentes do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e Serasa. Procurado pela Folha, Governo do Estado não falou sobre o assunto.  

Por causa desse problema, dezenas de servidores públicos estaduais estão inadimplentes em Roraima, o que lhes impõe restrição para crediários no comércio ou qualquer tipo de financiamento e empréstimos. “O Governo do Estado está fazendo desconto de empréstimos consignados nos contracheques, mas estes descontos não estão sendo repassados às instituições bancárias que possuíam contrato vigente para a concessão do crédito”, afirmou um dos denunciantes.

Um servidor protestou ao receber uma carta de cobrança informando que seu nome estava sendo incluso nos órgãos de proteção por falta de pagamento do empréstimo consignado. “Fiz um empréstimo consignado e todos os meses vêm descontados R$ 289,70 no meu contracheque, que é o valor da prestação. Acontece que recebi uma cobrança dizendo que o pagamento não é feito desde o mês de janeiro deste ano, e por esta razão o contrato estaria sendo negativado e meu nome já estaria na Serasa e SCPC”, frisou.

Ele afirmou que depois de ser notificado, procurou conversar com outros servidores lotados na mesma secretaria e em outras repartições do governo, foi quando percebeu que o problema não era exclusivo dele, pois se deparou com várias pessoas na mesma situação. “Acho isso uma falta de respeito com o servidor público por parte do governo estadual. Se o valor do empréstimo é descontado no contracheque, por qual razão não é repassado? Para onde está indo este dinheiro?”, questionou.

GOVERNO – A Folha manteve contato telefônico e por e-mail com a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado, mas não houve retorno. (R.R)