O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) doou ao Governo de Roraima 120 mil doses de vacina contra a febre aftosa. A oficialização ocorreu nesta quarta-feira, 15, durante a largada oficial do plantio de grãos e fibras, safra 2019, na fazenda Vista Montanha, localizada no KM – 40 da BR – 401, no município de Bonfim.
A medida atendeu a um pedido do Governo do Estado por meio da Aderr (Agência de Desenvolvimento de Roraima). Essas doses serão aplicadas nos 55 mil gados existentes nas comunidades indígenas da Raposa Serra do Sol e São Marcos.
Como a primeira etapa da campanha deste ano encerrou nesta quarta-feira, dia 15, as doses serão aplicadas em outubro de 2019 (segunda etapa da campanha) e em abril de 2020 (‘Dia D’).
Para o governador Antonio Denarium, a doação representa economia para o Estado, já que com a crise que está enfrentando, não será preciso comprar essas vacinas e imunizar o gado criado pelos índios.
Todos os anos, na campanha de vacinação, a Aderr (Agência de Defesa de Roraima) envia uma equipe de técnicos para as regiões de Normandia, Pacaraima e Uiramutã para realizar a Agulha Oficial, que é a vacinação do rebanho localizado em Terras Indígenas e também regiões de fronteira internacional.
Para ter um alcance maior, a agulha oficial conta com a parceria da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do Mapa. Essa imunização ocorre, ininterruptamente, nas cerca de 290 comunidades indígenas durante 45 dias.
Segundo o presidente da Aderr, Gelb Platão, este ano o governo adquiriu 60 mil doses para imunizar o gado das Comunidades Indígenas e por essa razão, as doses doadas pelo Mapa serão aplicadas na segunda etapa [outubro de 2019] e ano que vem. “Essa é a primeira vez que o Governo do Estado recebeu uma doação de vacinas contra a febre aftosa”, relatou.
Devido à mudança de status (livre de aftosa com vacinação), na campanha deste ano, os criadores devem aplicar uma dose de 2 ml. Antes a dosagem era de 5 ml.
A DOENÇA – A febre aftosa é uma doença causada por um vírus altamente contagioso e que pode trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio internacional, principalmente em países como o Brasil, que possuem uma exportação bastante expressiva de produtos pecuários.
A doença é transmitida pela saliva, nas aftas, no leite, no sêmen, na urina e nas fezes dos animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes contaminados.
O vírus ainda pode permanecer nas roupas e sapatos das pessoas que tiveram qualquer contato com esses animais.
Uma vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas. Outros sinais são inquietação, salivação, dificuldade de mastigar e engolir alimentos e tremores, com queda na produção de carne e leite.