Prestes a completar dois meses de paralisação no próximo dia 10 de outubro, a greve dos professores da rede estadual de ensino continua sem previsão de término. Na manhã de hoje, 02, os servidores reunidos no Centro Cívico discutiram sobre a decisão do desembargador Mauro Campello pela ilegalidade da greve e sobre possíveis mudanças na representação jurídica dos professores.
Sobre a greve, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter-RR), Ornildo Roberto, relatou que 70% da categoria ainda permanece paralisada.
“A greve continua até que sejamos recebidos pela governadora para que possamos ainda tentar discutir sobre as propostas que a própria encaminhou pra base. Saber se aquelas propostas estão de pé e também buscar melhorar essas propostas, avançar alguns pontos que não foram contemplados”, afirmou.
OUTRO LADO
De acordo com o Governo do Estado, a gestão reapresentou proposta para atendimento dos trabalhadores em educação no último dia 18, “obtendo sucesso nas negociações com os professores indígenas e do interior, que inclusive já retomaram as aulas”.
No dia 28, a governadora Suely Campos enviou para a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) o projeto de lei que corrige as distorções da Lei 892/13, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações dos Servidores da Educação Básica. “A correção das distorções da Lei é ampla e vai beneficiar todos os profissionais da Educação. As alterações propostas dão à implementação da Lei 892/13, mais equidade dentro da carreira do magistério, retirando quaisquer inconsistências e irregularidades que não atendem as diretrizes do Sistema Nacional de Ensino”, afirma o Governo.
“A gestão adotou as providências necessárias para suspender o desconto das faltas dos professores que retornaram ao trabalho e está cumprindo o acordo dentro dos prazos estabelecidos para atender toda a categoria, portanto, lamenta a postura radical do Sinter em protelar a greve em total desrespeito à justiça, aos 74 mil alunos, suas mães, pais e familiares, e conclama os professores a retomarem as aulas e a somar na reconstrução de uma Educação de qualidade para as nossas crianças e jovens”, finaliza a nota.
Segundo levantamento feito pela Secretaria Estadual de Educação e Desportos (Seed), até a manhã desta sexta, 23 escolas da capital estão tendo aula normalmente e outras 14 estão parcialmente em greve. Apenas 21 escolas continuam com aulas paralisadas.
Matéria completa na edição impressa da Folha de amanhã, 03.