Cotidiano

Greve dos professores da UFRR começa nesta quarta

Segundo a Presidente da Sesduf-RR, Sandra Buenafuente, nesta quarta será realizada uma assembleia para definir a instalação do Comando Geral de Greve

Foi deflagrada nesta quarta-feira, 1º de julho, a paralisação dos professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) por tempo indeterminado. A decisão está de acordo com o que foi decidido na última reunião da Seção Sindical dos Docentes da UFRR (Sesduf-RR) realizada no dia 10 de junho.

Segundo a presidente do Sesduf, Sandra Buenafuente, será realizado uma assembleia nesta quarta para decidir sobre a instalação do Comando Geral de Greve, a definição do delegado da greve em Roraima que participará do Comando Nacional de Greve, a composição do calendário de greve e a proposta de reajuste feita pelo governo.

“O governo fez uma proposta agora de aumento”, disse a presidente. “Nós estamos pedindo, junto com os servidores públicos federais, um reajuste salarial de 27,3% para 2016, considerando as perdas inflacionárias desde 2010”.

Segundo Buenafuente, o governo fez uma proposta por volta de 21% escalonada até 2019. “Isso representa um reconhecimento de que nós aceitamos a política do Governo de achatamento do nosso salário e de que os princípios constitucionais não valem de nada, por que todo servidor público tem que ter uma reposição das perdas inflacionárias anuais”.

Além do reajuste, as outras reivindicações da Sesduf são melhores condições de trabalho, autonomia universitária, reestruturação de carreira, valorização salarial entre ativos e aposentados e principalmente, o caráter público da educação.

“Nós entendemos que a democratização do ensino superior deve se dar pela melhoria no investimento nas universidade públicas e não na transferência de recursos públicos para o setor privado, para o grande capital da educação, através dos programas ProUni e Fies”, disse a presidente. “São programas de bolsas para alunos, mas na realidade o índice de inadimplência é elevado e na verdade quem ganha com isso é o capital privado”.

PREJUÍZO AOS ALUNOS

Questionada se paralisação poderá prejudicar o andamento dos estudos dos acadêmicos da UFRR, a presidente esclareceu que o movimento busca um objetivo maior, de reconhecer a importância como uma luta primordial para a educação publica. “A gente pensa que pode atrasar um mês, dois meses, mas o futuro não é só do aluno, mas também das gerações que vão vir, que podem ser prejudicadas”.

 

Matéria completa na edição impressa de amanhã da Folha, 02.