Cotidiano

Greve não tem participação de todos os servidores, diz prefeita

De acordo com Socorro Guerra, o município passa por crise financeira, que segundo ela, inviabiliza aumento na folha de pagamento.

Sobre a greve deflagrada por servidores municipais de Caracaraí, nesta segunda-feira, 18, a prefeita do município, Socorro Guerra, disse a Folha que o movimento não é de todos os funcionários públicos do município, mas sim, uma greve da educação.

“As demais secretarias estão trabalhando normalmente, essa é uma greve de professores e de apoiadores que reivindicam progressão, e insalubridade que já estamos providenciando para janeiro, além disso, eles reivindicam melhor qualidade de merenda, pois querem que sigamos o cardápio da nutricionista, o que já tem sido feito no município”, explicou.

Ainda de acordo com Socorro Guerra, o município passa por crise financeira, que segundo ela, inviabiliza aumento na folha de pagamento.

“Caracaraí, assim como os demais municípios de Roraima, e como o restante do Brasil, atravessa uma crise financeira sem precedentes, a arrecadação caiu consideravelmente, estamos sobrevivendo do ICMS, porque o FPM é todo comprometido com o patronal de governos anteriores, então não temos condições nesse momento de dar qualquer aumento de salário aos servidores, muito menos auxilio alimentação como eles querem”, pontuou.

“Reconheço que é um direito dos servidores reivindicar melhorias, a gente respeita isso, porém não tem condições, até porque qualquer decisão minha em aumentar salário, e aumentar despesa, estarei incorrendo em crime de responsabilidade porque vou extrapolar o teto constitucional de 54%, nós estamos seguindo uma orientação do tribunal de contas”, argumentou a prefeita.

Socorro Guerra completou que não possui orçamento para conceder aumentos este ano.

“Pra eu dar qualquer aumento eu tenho que ter previsão orçamentária, estamos findando 2019 e de onde vou tirar esse orçamento. Eu propus na conversa para começarmos o aumento devagar pelo pessoal de apoio a partir de janeiro, mas o sindicato não aceitou e quer pagamento imediato”, finalizou.