Cotidiano

Grito dos Excluídos reúne 500 pessoas no feriado da Independência

Movimentos sociais, sindicatos, Diocese de Roraima, estudantes e grevistas fizeram parte da 21ª edição do Grito em Roraima

Paralelo ao desfile oficial do Dia da Independência que acontecia na avenida Ene Garcez, movimentos sociais, sindicatos, pastorais da Diocese de Roraima, estudantes e grevistas se reuniram na Praça do Centro Cívico para realizar a 21ª edição do Grito dos Excluídos.

Os manifestantes, após concentração e discursos na frente da Assembleia Legislativa, se dirigiram à praça atrás do Mini Terminal de ônibus, da avenida Ene Garcez, para a realização do protesto. Uma grande parte de quem estava no Grito dos Excluídos era formada por professores grevistas tanto da rede pública estadual de ensino como da Universidade Federal de Roraima (UFRR)

Para a Irmã Telma Lage, da coordenação do Grito, o protesto é uma forma de dar voz e vez para quem não tem. “Dos movimentos e pastorais, sindicatos, que tem demandas muito sérias que fazem parte da vida de uma grande parcela da população e que não aparece no desfile oficial. Nosso objetivo é conseguir construir redes, os movimentos que antes trabalhavam e lutavam sozinhos, conseguem agora ir se agrupando porque a luta é comum, essa busca de cidadania é para todo mundo”, explicou.

Um boneco gigante, feito pelo artista plástico Bartolomeu da Silva, o Bartô, acompanhou o protesto do Grito dos Excluídos. Segundo o artista, o boneco representa a insatisfação, a injustiça social, a indignação de quem estava hoje questionando sobre a verdadeira independência do Brasil. “Só quem tem essa independência são os políticos. Vamos comemorar o quê? Portanto, o boneco representa a indignação do povo”, disse.

Outro grupo que esteve no protesto foram os estudantes ligados à Associação dos Estudantes de Roraima (Assoer). Os alunos, além de participar do Grito dos Excluídos, também se dirigiram ao palanque oficial do Desfile de 7 de Setembro, protestar contra a falta de diálogo por parte do Governo com os professores que hoje completam 25 dias de greve.