Grupo diz que não aprova atitude de pilotos de jet-ski em balneário

Um grupo de praticantes de jet-skis de Roraima se pronunciou após fatos ocorridos no último fim de semana na praia do Caçari, onde praticantes não estariam respeitando a distância dos banhistas.

O grupo Elite do Rio tem cerca de 50 participantes e afirma que todos conhecem as regras que devem ser seguidas nesses casos. “Nós nos preocupamos muito com a segurança dos banhistas. Nós temos as motos aquáticas como hobbies, não é algo momentâneo, praticamos há anos e conhecemos as regras estabelecidas pela Marinha do Brasil”, explica o presidente do grupo, José Roberto de Souza.

Eles dão ênfase que para pilotar o jet-ski tem que ter a Carteira de Habilitação de Amador (CHA) na categoria de Motonauta. “No nosso grupo é exigido ter a CHA, que é expedida pela Marinha, além do respeito às normas” afirmou. 

De acordo com os representantes, os praticantes que foram alvos de denúncia não fazem parte do grupo. “Não compactuamos com esse tipo de comportamento, e não queremos uma generalização sobre os praticantes de jet-ski, o nosso grupo preza muito pela segurança e pela legalidade,” mencionou Rogéria Lopes, que é vice-presidente do grupo.

De acordo com o grupo o número de moto aquáticas aumentaram muito em Boa Vista, principalmente nesse período de pandemia.  “A Marinha deveria ser mais frequente aqui em Boa Vista, já que o posto deles fica em Caracaraí, e como o fluxo de motonautas aumentou nos rios, igarapés e balneários é importante a fiscalização como um todo para coibir esses praticantes que colocam em risco a vida de todos”, acrescentou.

Além disso, eles orientam como os banhistas devem proceder em casos como estes. “Os banhistas que presenciar alguma movimentação próxima dos praticantes de jet-ski, anote o número de identificação da moto aquática e denunciem para a Marinha”, finalizou.

Marinha diz que faz fiscalizações nos rios de Roraima

A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 9º Distrito Naval, informou que realiza regularmente fiscalizações nos rios da região visando a Segurança da Navegação, Salvaguarda da Vida Humana e a prevenção à Poluição Hídrica ocasionada por embarcações.

De acordo com a instituição, as fiscalizações ocorrem com base na Lei Nº 9.537/1997, que trata da Segurança do Tráfego Aquaviário (LESTA) e de seu regulamento (RLESTA), além das Normas da Autoridade Marítima (NORMAM).

“Além das atividades de fiscalização, os militares conscientizam e orientam os motonautas quanto ao cuidado com os banhistas, mantendo a distância de 200 metros das praias e quanto a obrigatoriedade de uso do colete salva-vidas”, diz trecho da nota.

Vale ressaltar que para pilotar uma moto aquática, é necessário obter a Carteira de Habilitação de Amador (CHA), na categoria de Motonauta. A primeira condição para obter o documento é ter mais de 18 anos e o interessado deve participar de uma formação específica em marinas cadastradas pela Marinha.

Para denúncias e mais informações sobre o processo de habilitação a Agência Fluvial de Caracaraí disponibiliza o telefone (95) 3532-1681.