FABRÍCIO ARAÚJO
Colaborador da Folha
A Câmara de Jovens Empreendedores (CJE) surgiu há um ano em Roraima com a intenção de repaginar o empreendedorismo no Estado. Com base em uma pesquisa sobre a faixa etária das pessoas que vivem em Roraima, maioria entre 18 e 35 anos, empreendedores locais viram a possibilidade de trabalhar para incentivar empreendedores – empresários, universitários e autônomos – com parcerias que podem facilitar o caminho de quem deseja investir em um negócio próprio.
Empresários de diversas áreas se uniram para criar um ecossistema de capacitação e apoio mútuo. A CJE oferece cursos com coach e master coach que também é consultor empresarial para capacitar funcionários e fomentar lideranças no setor no Estado, além de projetos que são difundidos e trabalhados por todos os associados.
Durante o ano de 2018, a associação trabalhou em três projetos. O primeiro é denominado “Compre certo, compre de Roraima”, com o intuito de estimular o consumo de produtos locais, fazendo o consumidor e os empreendedores entenderam a necessidade de que é preferível comprar de um empresa roraimense do que de um loja virtual, por exemplo.
O segundo projeto é voltado para os imigrantes venezuelanos. “Nós, enquanto Câmara de Jovens Empreendedores, nos unimos e estamos fazendo um trabalho de inclusão ao imigrante. Nós estamos qualificando essas pessoas com um coach e um master coach e estamos inserindo no mercado de trabalho. Hoje temos a Home & Help como parceira, é de uma diretora nossa e está sendo pioneira em relação a isto”, declarou o presidente da CJE, Hugo Marcelo.
O terceiro se chama “Investidor Solidário”. É um estímulo para quem sonha com o negócio próprio, mas não possui condições financeiras para realizar. “Nós financiaremos este projeto por dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois, estamos gerando oportunidade. E a contrapartida que esperamos é dos órgãos públicos, principalmente do estadual, é que haja uma carência para o pagamento do ICMS. Antes de um produto chegar à prateleira, é preciso pagar o imposto sem saber se vai vender e isso acaba retardando investimentos porque se vende bem, se compra bem”, explicou o presidente.
Os projetos da associação não se limitam aos membros e são abertos à comunidade, logo, qualquer um pode ter acesso aos cursos oferecidos pela Câmara, mas o preço é menor para quem faz parte do CJE. “A Liliana, por exemplo, tem uma empresa que trabalha com atração, seleção e contratação de pessoas para empresas, então ela faz este serviço para os associados, mas quem quiser entrar pode, mas o preço é melhor para os associados”, declarou o master coach, Max Fraga.
A associação não dispensa o uso de tecnologia para auxiliar o desenvolvimento econômico e o empreendedorismo, por isso também conta com uma comunidade desenvolvedora de software, fundada pelo empresário Rubhi Gonçalves.
Com um primeiro ano que já rendeu bastante, a CJE já está discutindo um planejamento estratégico para 2019, bem como o fortalecimento das marcas envolvidas dentro da Câmara de Jovens Empreendedores e a capacitação de todos os membros. O primeiro curso oferecido no próximo ano já está programado para 2 de fevereiro. (F.A)