No começo do ano, a Guarda Civil Municipal firmou convênio com a Polícia Federal. O tratado garantia o porte de arma de fogo aos guardas, mas até hoje eles trabalham apenas com cacetes e pistolas de choque, o que não intimida os bandidos.
Neste final de semana, guardas civis municipais foram surpreendidos por dois bandidos, no posto da Praça Mané Garrincha, no bairro Tancredo Neves, zona Oeste. A dupla já chegou atirando, mas errou. Os disparos atingiram as vidraças das janelas da frente do posto. Após o atentado, os criminosos saíram como se nada tivesse acontecido. Os dois guardas se levantaram e solicitaram reforço.
Em nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que a Guarda Civil Municipal ainda aguarda a autorização completa para uso de armas de fogo. A PMBV confirma que no início deste ano, a Prefeitura realmente assinou o convênio com a Polícia Federal, que concede o porte de arma de fogo, mas está faltando apenas a autorização para o uso da pistola 380. O parecer para a concessão dos outros armamentos foi favorável.
A nota ainda diz que todas as etapas de competência da GCM já foram concluídas, o que inclui avaliação psicológica e exames de tiro, inclusive, segundo a PMBV, já foram emitidos pareceres favoráveis à cessão do porte de armas aos guardas, sendo autorizado o uso da espingarda calibre 12. O Executivo Municipal está aguardando a chancela da Superintendência da PF, que está fazendo as últimas análises.
A Prefeitura informou que, em setembro deste ano, a Guarda recebeu mais de 600 itens compostos por armamentos e munições de baixo potencial letal, cuja finalidade é controle e contenção de grandes distúrbios públicos. Entre os materiais recebidos pela corporação estão: lançadores de munições menos letais, granadas de efeito moral, granadas de gás lacrimogêneo, projéteis de borracha, entre outros.
O efetivo da GCM é de 342 homens e mulheres. A instituição dispõe hoje de 27 viaturas, 16 motocicletas, um micro-ônibus de monitoramento e 25 bicicletas do Ciclo Patrulha. Também conta com 160 coletes à prova de balas, 41 rádios digitais, 30 laringofones e 50 pistolas de choque.
SEM MONITORAMENTO – A falta de monitoramento de câmeras de vídeo na praça Mané Garrincha, antes dominada por traficantes, é outro problema. A Prefeitura informou, também em nota, que a instalação dos equipamentos na praça está sob análise.
Quanto ao atentado ocorrido neste final de semana, a Prefeitura diz que o fato foi isolado, porém muito preocupante. A Guarda Civil Municipal, conforme a PMBV, tomará todas as providências necessárias, o que inclui deixar uma viatura de prontidão na praça. (AJ)