Cotidiano

Guardas municipais e secretário de Bonfim são ameaçados por facção

Foi a segunda ameaça ao secretário e à GCM do município, desde a sua implantação. Dezesseis agentes trabalham na corporação e ajudam a combater crimes como tráfico de drogas, roubos e furtos

Guardas civis municipais e o secretário municipal de Segurança de Bonfim, Reinaldo Lacerda, foram ameaçados de morte por uma facção criminosa.

“NÓ IREMOS MATAR O SECRETARIO E GUARDAS (sic)”, escreveu a lápis um integrante em um papel de caderno, com a assinatura da facção.

Bilhetes como esse foram deixados na sede da Guarda Civil Municipal (GCM) na semana passada, mas só vieram a público nesta quinta-feira (9). Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil de Bonfim. Foi a segunda ameaça ao secretário e à GCM do município, desde a sua implantação no último dia 19 de abril. Dezesseis agentes trabalham na corporação no município localizado a 124km de Boa Vista, na fronteira entre Brasil e Guiana.

Segundo o comandante da GCM, Francisco Pinheiro, a corporação foi ameaçada porque atua “rigorosamente”, com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil do estado, contra crimes como o tráfico de drogas, os roubos e furtos de motos.

“A maioria das motos do Bonfim são roubadas. Eles roubam na capital e em outros municípios do estado e atravessam pelo Bonfim para Lethem (na Guiana). Lá, eles trocam e vendem as motos em bocas de fumo. Além disso, trazem drogas contrabandeadas de Lethem para o estado de Roraima. Então, temos atuado muito contra isso”, disse.

Apesar das ameaças, o secretário Reinaldo Lacerda disse que a repressão aos criminosos vai continuar.

“Os nossos GCMs vêm atuando de forma significativa, prezando pela segurança dos nossos munícipes. Dentre essas autuações, eles já prenderam faccionados com produtos de furtos, contrabandos e perturbação ao sossego público. E isso tem incomodado o crime […]. As ameaças são gravíssimas por se tratar de organização criminosa. Estamos atentos, redobramos os nossos cuidados, mas nós não iremos nos intimidar”, declarou.