Cotidiano

Hospitais realizaram 3,5 mil atendimentos no feriado prolongado

Grande parte das demandas que chegam às unidades de urgência e emergência tem relação com a imprudência e ingestão excessiva de bebida alcoólica

No feriado prolongado do período natalino, as unidades hospitalares de urgência e emergência do Estado receberam quase 3,5 mil atendimentos, dos quais mais de um terço corresponde a acidentes relacionados à imprudência e ingestão de bebidas alcoólicas.

No período de 24 a 27 de dezembro, o HGR (Hospital Geral de Roraima), que é a maior unidade do Estado, recebeu mais de 300 pacientes no Pronto Socorro Francisco Elesbão, nos quais situações como acidentes de trânsito, agressões com armas de fogo, armas brancas e outros eventos relacionados ao consumo de bebida alcoólica representam mais da metade das entradas.

Na Políclínica Cosme e Silva, no bairro Pintolândia, na zona Oeste, foram mais de 1.600 atendimentos no período, dos quais mais de 100 tiveram relação direta com o acidentes de trânsito e ingestão de bebida alcoólica. Já no Hospital Regional Sul Ottomar de Souza Pinto, em Rorainópolis, foram 280 atendimentos de urgência e emergência, sendo 47 ligados a trânsito.

O diretor do Pronto Socorro Francisco Elesbão – principal porta de entrada para este tipo de atendimento no Estado – Douglas Teixeira, explicou que embora a unidade sempre se prepare, com reforço no atendimento em momentos festivos, a quantidade de pacientes recebidos em decorrência do uso de álcool e da imprudência acaba superlotando a unidade, prejudicando a prestação de um serviço de eficiência para a população. “Infelizmente, devido à imprudência de parte da população, esses eventos festivos acabam se transformando em momentos de tristeza e dor para muita gente. E o que chama atenção é que estes acidentes estão cada vez mais graves, afetando diretamente o atendimento prestado à população”, pontuou.

Para o médico, para resolver o problema da superlotação nos hospitais do estado, é importante que a população se sensibilize, a fim de evitar que cresça o número de acidentados. “Fica o apelo para a população. Nunca deve se pensar que uma tragédia não vai acontecer com você ou com a sua família ”, orientou.