Cotidiano

Hospital de Campanha ainda não tem previsão de funcionamento

além do corpo clínico fundamental para o funcionamento, falta ainda diversos insumos como, por exemplo, componentes dos respiradores mecânicos que já foram entregues pelo Governo do Estado

A Área de Proteção e Cuidados (APC), também conhecida como Hospital de Campanha, ainda não tem data para funcionar. A reportagem da FolhaBV apurou que, além do corpo clínico fundamental para o funcionamento daquela unidade de saúde, falta ainda diversos insumos como, por exemplo, componentes dos respiradores mecânicos que já foram entregues pelo Governo do Estado.

A FolhaBV apurou ainda que, conforme o Plano Emergencial de Contingenciamento para Covid-19, da Operação Acolhida, o Governo do Estado teria ficado responsável em fornecer materiais permanentes e de consumo; equipamentos de proteção individual (EPIs), além do corpo clínico formado por um total de 386 profissionais como médico clínico; médico de UTI; enfermeiro; técnico de enfermagem; nutricionista; fisioterapeuta, farmacêutico, auxiliar de farmácia; assistente social e psicóloga, o que deveria ter sido entregue há pelo menos 30 dias.

PREFEITURA – Ainda de acordo Plano Emergencial de Contingenciamento para Covid-19, a Prefeitura de Boa Vista informou que, de acordo com as competências de responsabilidades, o pactuado na parceria entre Exército Brasileiro e Município para a construção e funcionamento do Hospital de Campanha já foi cumprido. A prefeitura atendeu com repasse de materiais, cedeu equipamentos, executou obras de infraestrutura como terraplanagem, asfalto, banheiros químicos e iluminação e também realizou seletivo para contratação de 111 técnicos de enfermagem. Dos 111 selecionados, 31 já foram convocados, o que vai sendo chamado conforme demanda do Exército. O treinamento desses profissionais está sendo realizado pelo Exército, conforme informado pela prefeitura. 

O município repassou os seguintes materiais hospitalares, sendo: 20 leitos, sendo 18 clínicos e 2 UTI pediátricas; 2 respiradores para a UTI; Suportes para soros; 4 Cilindros; 54 Biombos; 124 suportes para soros; 14 cadeiras para coleta de sangue; 10 negatoscópio; 10 bebedouros conjugados; 10 balanças antropométricas infantil; 10 esfigmomanômetro adulto; 15 esfigmomanômetro infantil; 04 cilindros de gases medicinais; 13 colchões; 02 ventiladores; 13 berços; medicamentos; insumos e material médico hospitalar.

GOVERNO – A equipe FolhaBV entrou em contato com o Governo do Estado, para obter informações do quantitativo de materiais, medicamentos e equipamentos que já foram entregues e o que falta entregar ao Hospital de Campanha, assim como está o processo de contratação do corpo clínico e, por meio de nota, o Governo do Estado informou:

“O C4 (Centro de Coordenação de Combate à COVID-19) informa que a estrutura física da APC (Área de Proteção e Cuidados) está montada e já conta com camas, ventiladores e demais materiais médicos hospitalares, além de 100% de EPI’s (Equipamentos de Proteção de Individual) e 80% dos medicamentos de A a Z, entre eles a Cloroquina, recomendada pelo Ministério da Saúde no tratamento contra a doença, além de medicamentos para hidratação, sedação e transtornos respiratórios. A próxima remessa de remédios para concluir a totalidade chega ao Estado até dia 8 de maio.

Referente ao corpo clínico da Unidade, conforme a CGTES (Coordenadoria Geral de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde), serão 360 profissionais entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, farmacêuticos, fisioterapeutas, assistente social e psicólogo, que já iniciaram o treinamento para atuar na linha de frente de combate ao novo Coronavírus (COVID-19).

O Centro destaca que a Unidade foi criada por meio de acordo de cooperação entre o Governo e a Operação Acolhida do Exército Brasileiro, em parceria com a Prefeitura de Boa Vista e a UFRR (Universidade Federal de Roraima), para atender demandas relacionadas à COVID-19 e, desta forma, desafogar o HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), que atualmente é a Unidade referência de atendimento para a doença.

Tão logo esteja concluído o treinamento dos profissionais e chegado o restante dos medicamentos, a Operação Acolhida definirá a data para iniciar o atendimento na APC”.