Cotidiano

Ibama traça plano para resgatar animais

Brigadistas do Prevfogo atuam em quase todos os municípios e o Centro de Triagem, na Capital, já cuida de mais de 100 animais silvestres

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) já traçou um plano de ação para resgatar animais silvestres atingidos pelo fogo. O superintendente regional do órgão, Diego Bueno, informou que 120 brigadistas do PrevFogo se deslocaram a vários municípios para evitar mais estragos na fauna regional. O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Setas), no bairro Cidade Satélite, zona Oeste da Capital, já cuida de mais de 100 animais.

O Centro reforçou as equipes de veterinários e tratadores que trabalham na reabilitação dos animais. Dependendo da espécie, disse o superintendente, a maioria dos animais, de 70 a 80%, consegue voltar ao habitat, principalmente macacos e felinos.

O Ibama dispõe de duas viaturas para fazer o resgate de animais, mas Bueno avisou que o órgão precisa ser acionado pelo telefone: 3625-0812. “Outros órgãos públicos trabalham com o meio ambiente e a própria população pode ligar para este número. Então, mandamos uma equipe para fazer o resgate”, disse.

O Centro também está aberto para receber os animais resgatados pelos bombeiros e policiais militares da Companhia Independente de Proteção Ambiental (Cipa), que também trabalham nas áreas onde há mais focos de incêndio, principalmente nos municípios de Iracema, Bonfim, Boa Vista, Mucajaí, Pacaraima e Uiramutã.

Bueno informou que os brigadistas do PrevFogo se concentram em áreas federais, como as indígenas, parques nacionais e as demais áreas de proteção ambiental. “Mas também atuamos em outras regiões, combatendo os focos de incêndio”, frisou.

O número de focos de incêndio em Roraima é assustador. Em janeiro de 2003, Bueno lembrou que foram 450 focos registrados, marca até então histórica no Estado. Mas em janeiro deste ano já foram registrados 1.350 focos, três vezes mais que a marca histórica de 2003. “E a maioria dos focos vem sendo provocada pelo homem”, lamentou.

O superintendente explicou que os focos de calor ganham proporções e se alastram porque o agricultor ainda utiliza o fogo como ferramenta. “Mas orientamos que não ateiem fogo neste período, pois o clima está propício para a propagação de incêndios, devido o calor e o vento forte”, observou. (AJ)