Cotidiano

Identificados 30 focos de garimpo ilegal em território Yanomami

Esse é o balanço da operação que Walopali/Curare Onze, que durou doze dias, no território indígena Yanomami, em Roraima.

Trinta focos de garimpo ilegal identificados, maquinário e transporte apreendidos e centenas de invasores retirados. Esse é o balanço da operação que Walopali/Curare Onze, que durou doze dias, no território indígena Yanomami, em Roraima.

Junto com os invasores, foram apreendidos motores, bombas draga, geradores e equipamentos da atividade de extração de minério.

Até um helicóptero foi apreendido e duas pistas de pousos ilegais, para abastecimento do garimpo, foram destruídas pelos fiscalizadores.

Quase 80 agentes de vários órgãos, como Funai, Ibama, Exército, Polícia Federal, Icmbio, e outros estaduais de Roraima participaram das ações. Eles se dividiram em três frentes de atuação na terra Yanomami e na floresta Nacional de Roraima, ao longo dos rios Mucajaí e Couto Magalhães, um dos principais focos de garimpo ilegal de grandes proporções, segundo a Funai.

A fundação estima que entre sete e dez mil garimpeiros estejam invadindo a terra indígena, gerando para a região grande impacto socioambiental, inclusive a proliferação de doenças, expansão de violência, desmatamento, assoreamento dos rios e contaminação por mercúrio, nas comunidades.

A terra indígena Yanomami é a maior do país com uma área de quase 10 milhões de hectares, mais de 400 vezes o tamanho do estado de Sergipe.

Na reserva, que faz fronteira com a Venezuela, vivem cerca de 26 mil indígenas tanto Yanomami, quando da etnia Ye’Kuana. Também é confirmada a existência de um povo isolado, e a existência de outros seis povos em isolamento também está em estudo. O nome da operação Walopi , significa em yanomami, “espírito da onça pintada”.

Fonte: Rádio Nacional