Cotidiano

Idosa reclama de ‘mau atendimento’ na UBS do Jardim Floresta

Maria Perpétua disse que era a 17ª da espera, mas o atendimento terminou logo no 16º paciente

A paciente Maria Perpétua Roth Pereira, de 63 anos, reclamou que teria sido mal atendida por servidoras na manhã dessa quinta-feira (2) na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Jardim Floresta.

Ela disse ter chegado ao posto por volta das 5h, de bicicleta, sob chuva, na tentativa de garantir os primeiros lugares da fila, onde 21 pessoas foram listadas para serem atendidas pela manhã.

Maria Perpétua disse que era a 17ª da espera, mas o atendimento terminou logo no 16º paciente. A idosa acusou a diretora e servidoras auxiliares do período matutino de atenderem até quem chegou depois dela. “Como muitos que estavam lá no seu bom carrão, todos eles foram atendidos, até quem chegou depois de mim, e eu fiquei prestando a atenção”, testemunhou.

A idosa disse que tem um problema de saúde e que tem como pagar os seguintes exames: Hemograma completo; EAS; Calcio sérico; PCR; TSH, T3 e T4 Livre; Colesterol total e frações; triglicerídios; e fator reumatóide. A paciente justificou que tem uma renda mensal de R$ 340, sendo R$ 240 de faxinas e os R$ 100 que recebe do programa Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família), além de depender diretamente da ajuda de quatro dos cinco filhos.

A FolhaBV procurou a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) e aguarda retorno sobre a situação.

Paciente aguarda por cirurgia no rim há quatro anos


A idosa Maria Perpétua relatou como sobrevive (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Diagnosticada em 2017 com uma pedra do rim esquerdo (medida em um centímetro), Maria Perpétua disse que aguarda, desde lá, por uma cirurgia na rede hospitalar estadual para retirar essa massa sólida. Ela sofre com o problema há 20 anos e desconfiava que o problema era na coluna.

“Sofro desde 2001, quando fiquei 12 dias sem andar. Pensei até que não iria voltar a andar, diziam que o problema era de coluna, mas já era pedra no rim. Ela tem 10 milímetros dentro de mim. Quando faço esforço físico, varro, carrego algum peso, ela inflama e dói, e fico noites e noites sem dormir. Não posso ficar deitada ou sentada”, explicou.

A idosa disse a cirurgia estava marcada para 2020, mas não foi realizada por causa da pandemia, e que sempre quando procura pelo procedimento, é avisada que não tem material.

Sobre o assunto, a reportagem procurou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e aguarda a resposta.