Em isolamento durante um mês e tratado com chás medicinais, o ancião Wapichana de 103 anos, Valentim Silveira, está curado do novo Coronavírus. A história sobre a recuperação foi comemorada pela neta dele, Guillyane Silveira Pena, de 30 anos, em postagem nas redes sociais.
A família mora na Comunidade Indígena Araçá, no munícipio de Amajarí, ao Norte de Roraima. Guillyane conta que foi ela quem cuidou do idoso durante todo esse tempo.
Valentim, na verdade, mora com uma de suas filhas, mas, como ela apresentou sintomas da doença no dia 3 de junho após passar alguns dias em Boa Vista, a neta teve que assumir a responsabilidade após a internação da tia.
“Aqui tem um Polo de Saúde da Sesai [Secretaria Especial de Saúde Indígena] e os chamamos. Mas como é tudo distante, na hora tinha só uma técnica de enfermagem, que auxiliou na prevenção e a tirar meu avô de perto da minha tia. Passamos a ter todos os cuidados, com máscaras e fazendo higienização em todos os produtos que tínhamos contato”, explica.
No início, Guillyane detalha que o avô começou a ter febre e tosse leve, mas alguns dias depois, passou a se sentir mal e já não conseguia andar ou falar direito. Para evitar que o pior acontecesse, o idoso foi tratado com chás medicinais, pois teve efeitos colaterais com os remédios usados no tratamento da Covid-19, Azitromicina e Ivermectina.
Mutirão de serviços será realizado no bairro Silvio Leite
A iniciativa acontece neste sábado (23) no Centro de Referência de Assistência Social, das 8h às 15h
Caer diz que blecaute prejudicou a produção de 20 milhões de litros de água potável
A empresa informou que a produção diária para abastecer Boa Vista é de 146.880.000 de litros, por meio dos sistema de captação superficial das águas do Rio Branco, no bairro São Pedro, e a captação subterrânea realizada nos 96 poços tubulares
A confirmação de que Valentim estava infectado aconteceu no dia 17 de junho, mas a recuperação já tinha dado seus primeiros sinais, relata a neta. Enquanto isso, a filha dele teve resultado negativo para a doença. Guillyane não apresentou sintomas e, por isso, não realizou o teste.
Até o dia 30 de junho, Guillyane viveu dias intensos para cuidar do avô. Ela compartilha que muitas vezes passava a noite em claro, para verificar se o idoso estava respirando.
“Eu não medi esforços para cuidar do meu avô, pois tenho muito amor por ele e faria tudo de novo. As pessoas tem medo de pegar o vírus e Deus me abençoou muito por não sentir nada, além de ter muita disposição pra poder cuidar dele, pois foram dias e noites sem poder dormir ou descansar”, finaliza.
Atualmente, Roraima possui 4.430 pessoas consideradas recuperadas, sendo 31 em Amajarí. O município possui 180 infectados.
