Cotidiano

IFRR quer levar conhecimento a produtores rurais do Amajari

O Instituto Federal de Roraima (IFRR) – Campus Amajari – promove, nesta quinta-feira, 1º de setembro, a sétima edição do “IF Comunidade”, projeto que viabiliza a promoção de oficinas e práticas para os agricultores rurais no interior do Estado.

Para tratar sobre o assunto e as demais atividades da unidade voltadas para o conhecimento técnico dos produtores, a diretora de ensino em exercício, Pierlângela Cunha, e a coordenadora de Extensão do Campus Amajari e presidente da comissão organizadora do IF Comunidade, professora Marina Keiko, estiveram no programa Agenda da Semana, da Rádio Folha 1020 AM, no domingo, 28.

De acordo com a presidente da comissão organizadora do projeto, Marina Keiko, a 7ª edição do projeto “IF Comunidade” começa a partir das 14h desta quinta, 1º, na sede do Campus Amajari. O tema deste ano será “Tecnologias sociais alternativas aplicáveis ao produtor rural”.

“Essas tecnologias sociais são técnicas, práticas, que são fabricadas conforme os recursos que os produtores têm, conforme a sua região. Então, o instituto tem procurado se utilizar dessas práticas e está disseminando essas tecnologias para os pequenos produtores. A gente sabe muito bem que a agricultura familiar é aquela que coloca todo dia o alimento nas nossas mesas, então esse ano nós estamos oferecendo oficinas e palestras para que o produtor não somente ouça, mas que também pratique”, explicou Marina.

A coordenadora explicou que durante o evento serão promovidas as oficinas de Manutenção de Máquinas Agrícolas; Controle Alternativo de Pragas e Doenças; Importância dos Microrganismos para Agricultura; e Alternativas para Tratamento da Água em Áreas Rurais; Comunicação Estratégica para o Negócio Rural; Aquaponia; Manejo de Leitões; Controle da Verminose em Ovinos e Caprinos e Produção de Silagem, com vagas limitadas. O evento também contará com uma palestra promovida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e atividades voltadas para as crianças.

“As oficinas são muito importantes, como, por exemplo, no caso da oficina de manutenção de máquinas. Muitas vezes o agricultor recebe esses implementos e não sabe como manusear, dar a devida manutenção para que a vida útil desse equipamento seja maior”, disse.

VALORIZAÇÃO – A diretora de ensino em exercício, Pierlângela Cunha, ainda tratou sobre as demais ações promovidas pelo Instituto, como os cursos técnicos em Agricultura e Aquicultura.

“Nós estamos trabalhando a todo o vapor com o objetivo de atender ao município de Amajari e os outros municípios adjacentes. Nós já temos um número muito grande de alunos e temos um papel fundamental nessa formação técnica, no interior do Estado, que é muito deficitário. A gente sabe que o Estado tem dificuldade de levar bons cursos para as localidades, e o IFRR está promovendo isso, como é o caso da criação de uma turma nova para atender à comunidade indígena do Contão, em regime de alternância”, salientou a professora.

As professoras relataram que para construir a grade curricular dos cursos é preciso ter um conhecimento profundo das necessidades e demandas da comunidade e dos alunos que atendem ao instituto por conta das diversas peculiaridades que precisam ser trabalhadas. “A preocupação é não impor nada e utilizar dos conhecimentos já estabelecidos pelos produtores e da comunidade indígena para que a gente possa contribuir e melhorar essas práticas de produção na região. Nós temos que valorizar a cultura que lá existe”, acrescentou Marina.

“Isso faz com que a gente possa ofertar a parte técnica no instituto e os alunos possam voltar para a comunidade para desenvolver essas ações, o que eles aprenderam, na prática”, finalizou Pierlângela. (P.C.)