A igreja ADBrasil iniciou nesta sexta-feira (28) o transporte de 30 toneladas de alimentos não-perecíveis para 22 comunidades ribeirinhas carentes do Baixo Rio Branco, sendo 19 em Roraima e três no Amazonas. O projeto social S.O.S Baixo Rio Branco é promovido há 22 anos durante o período das cheias, que isola a região e dificulta as principais fontes de sustento da população, como a pesca e a agricultura.
Cerca de 100 pessoas, incluindo lideranças religiosas, missionários, profissionais da Saúde e advogado para orientação sobre previdência social, compõem a caravana de 12 dias. O grupo coloca a carga (que inclui 800 cestas básicas) em uma carreta, que sai de Boa Vista e vai a Caracaraí. Do Rio Branco, no Município, a equipe e os materiais seguem em cinco barcos para a região.
Além de alimentos, também estão entre as doações roupas, calçados, brinquedos, kits de higiene pessoal e kits escolares. Segundo o presidente da ADBrasil, pastor Isamar Ramalho, os itens são custeados com dízimos, ofertas dos fiéis e donativos arrecadados nas 536 igrejas da própria instituição. “Até hoje, não temos doações de fora, mas qualquer pessoa, empresa que desejar nos ajudar nesse trabalho, certamente, ficaremos muito feliz e vamos divulgá-los”, destacou.
O secretário de missões da ADBrasil, pastor Edson Barbosa Oliveira, explicou que os pastores das próprias comunidades do Baixo Rio Branco são os responsáveis por selecionar as famílias beneficiárias. “A maioria das comunidades, que são menores, recebem as doações. Nas comunidades maiores, a gente faz uma seleção das pessoas carentes. Só fica de fora quem é comerciante, que tem recursos”, esclareceu.
Voluntária há quatro anos no projeto, a médica de Saúde da Família, Roberta Kelly Scaramm Menezes, explicou que vai para a região, que tem saúde pública precária, oferecer consultas de pré-natal, de rotina e de urgência e emergência. A expectativa dela é atender em torno de 150 pacientes. “Tudo isso a gente já conseguiu atender no decorrer desses quatro anos que vou como médica e missionária”, explicou ela, que em 2021, ganhou notoriedade por interromper um discurso do então presidente Jair Bolsonaro.