Cotidiano

Igreja relata excesso, mas Prefeitura reafirma proibição

Medidas são para evitar aglomerações e salvar vidas, afirma a PMBV; um pastor chegou a ser conduzido a delegacia, mas foi liberado após prestar esclarecimentos 

A igreja evangélica Assembleia de Deus, publicou uma nota repudiando a ação de fiscalização realizada pela PMBV (Prefeitura Municipal de Boa Vista), na noite de sexta-feira, dia 29.

Na ocasião, fiscais do município teriam, segundo a nota divulgada pela instituição religiosa, interrompido uma reunião que estava ocorrendo dentro de um templo da Assembleia em Boa Vista, e sanções de descumprimento ao Decreto  de número 014 de 27 de janeiro de 2021, que estabelece novas medidas em relação a pandemia, foram aplicadas aos responsáveis. Mais de 100 pessoas estariam no local no momento da chegada dos fiscais, conforme apurado pela reportagem. 

Um dos pastores que coordenava a reunião, foi conduzido a delegacia, mas  liberado após prestar esclarecimentos. 

Em nota enviada a redação do jornal Folha de Boa Vista, a Prefeitura esclarece que tomou esta atitude em virtude do cumprimento ao Decreto municipal proíbe qualquer tipo de reunião e aglomeração dentro de igrejas e templos, além de determinar outras medidas.

Destaca que a pandemia em Roraima já matou 856 pessoas e mantém mais de 230 internadas em hospitais do Estado.

“Esse número é alto e o objetivo da Prefeitura é ajudar a desafogar as unidades.  Este é um momento de união e sacrifício de todos em respeito as quase 860 famílias em luto por conta desse vírus. A colaboração das igrejas é primordial”, reforça um trecho da nota, ao explicar que, uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde acompanha diariamente os números e, caso melhorem, o município pode voltar a flexibilizar os decretos, mas se os casos de mortes aumentarem, pode, inclusive, determinar mais medidas restritivas.

A Prefeitura informou ainda que desde o início de janeiro, cerca de 300 estabelecimentos já foram fiscalizados em Boa Vista, dos mais diversos segmentos. O município lembra ainda que desde setembro de 2020 há decretos em vigência que determinam regras para funcionamento de comércios e todos precisam contribuir para a diminuição de casos e mortes.