Cotidiano

Indígenas fecham posto de combustível na fronteira

Eles querem cumprimento de acordo feito com governo venezuelano

Um grupo de indígenas venezuelanos, ocuparam e estão impedindo o funcionamento do posto de combustível internacional prejudicando os brasileiros que querem abastecer. A medida tem afetado os moradores de Pacaraima, Norte do Estado, e turistas de Boa Vista e Manaus (AM).
O posto, que atende veículos brasileiros na fronteira, está dentro de uma área indígena, nas terras da comunidade San Antonio del Morichal, habitada pela etnia Pemon-Taurepang. Eles estão dormindo no local e impedindo a venda de combustível.
A empresa deveria fazer doações à comunidade, como pagamento pelo terreno, mas o acordo nunca foi cumprido. Outro motivo da interdição seria a falta de pagamento de plano de saúde aos trabalhadores do posto, todos indígenas.
Neste final de semana, vários brasileiros que não sabiam da situação do posto procuravam combustível em Pacaraima para poder voltar a Boa Vista. Os moradores de Pacaraima também têm sofrido transtornos, rodando o mínimo possível para render o combustível e muitas vezes tendo que comprar ilegalmente para ir a Boa Vista. Alguns dizem que têm venezuelanos conhecidos que fornecem gasolina, mas outros afirmam que não gostam nem de ir a Santa Elena, pois sentem medo.
Um brasileiro que vive na Venezuela, o proprietário de uma pousada, Almir Sobrinho, explicou que o boato que correu o dia inteiro em Boa Vista que a fronteira estava fechada, não passou de exagero. “A fronteira não fechou! O que fechou foi o posto internacional de gasolina. Fechado pelos índios daqui mesmo. Até hoje, nos seus protestos eles (ainda) nunca fecharam a fronteira”, explicou.