Começa nesta terça-feira (05), no Auditório do Pronat/UFRR, o I Simpósio de Pragas Quarentenárias na Amazônia Brasileira, evento que trará especialistas brasileiros e estrangeiros para discutir a vulnerabilidade da região à entrada dessas pragas.
O evento conta com mais de 200 inscritos, entre pesquisadores, professores, produtores, técnicos da área de defesa vegetal, extensionistas e estudantes.
A programação do Simpósio contará com palestras sobre os impactos econômicos, ambientais e sociais da introdução de novas pragas no Brasil; os fatores que favorecem a entrada de pragas na Amazônia brasileira; as principais pragas quarentenárias que apresentam risco de entrada na região e as atuais medidas para prevenção, controle e erradicação desses organismos.
Pesquisas
Devido à presença frequente de pragas a possibilidade de que outras entrem pelas fronteiras da Região, principalmente pelo estado de Roraima, a Embrapa vem desenvolvendo estudos para obtenção de métodos de controle químico e biológico para esses organismos.
Uma das tecnologias já desenvolvidas para lidar com o problema é o tratamento fitossanitário de frutos cítricos em pós-colheita. Todo fruto cítrico que sai do estado deve passar antes por este tratamento que garante a eliminação do ácaro-hindustânico.
No caso do ácaro-vermelho-das-palmeiras, estão sendo feitos trabalhados com testes de eficiência de acaricidas, que poderão ser recomendados para controle deste ácaro no campo. Outro estudo busca detectar a eficiência de ácaros-predadores, que poderão ser usados para o controle biológico da praga. Há também um projeto em fase inicial para controle da mosca-da-carambola.
As pragas na Região Norte
A Região Norte tem sido uma importante porta de entrada para as pragas quarentenárias no Brasil. Nas últimas duas décadas, sete pragas entraram por esta região: a mosca-da-carambola; a sigatoka-negra-da-bananeira, a mosca-negra-dos-citros, o ácaro-hindustânico-dos-citros, o ácaro-vermelho-das-palmeiras, a cochonilha-rosada e o besouro-da-acerola. Além dessas, há pelo menos 66 pragas ausentes (A1) já estabelecidas nos países pan-amazônicos e algumas apresentam alto risco de entrada.
Roraima possui grande número de registro dessas pragas. Um dos motivos está no aumento do fluxo de mercadorias e pessoas circulando, pelas as fronteiras internacionais do estado (964 km de fronteira com a Guiana e 958 km com a Venezuela). Também contribuem para o cenário a baixa capacitação de pessoal para identificação de espécies e o clima favorável ao estabelecimento de insetos e ácaros.
Tipos de Pragas Quarentenárias
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) as pragas ditas quarentenárias podem ser divididas em duas classes:
A1 – Pragas ainda não presentes no país, porém com características de serem potenciais causadores de danos econômicos, se introduzidas.
A2 – Pragas de importância econômica potencial já presentes no país, porém que não se encontram amplamente distribuídas e possuem programa oficial de controle.
Mais informações no endereço eletrônico: www.embrapa.br/roraima/eventos/simposio/apresentacao.
Fonte: Embrapa-RR