Cotidiano

Inicia nesta quarta-feira a sorologia em bovinos e suínos

A ação tem como objetivo detectar a existência de circulação viral no Estado

Com o objetivo de detectar a existência de circulação viral em Roraima, inicia nesta quarta-feira, 1°, a sorologia em bovinos e suínos. A ação será através da Agência de Defesa Agropecuária (Aderr).

Serão examinados 3.600 porcos e visitadas 320 propriedades. No rebanho bovino serão analisados 5.000 animais em 330 propriedades, mobilizando dezenas de técnicos da Agência. Há 20 anos o estado não fazia a sorologia em suínos.

Será coletado sangue dos animais para ser enviado ao Laboratório de Sanidade Animal (Lasan) da Aderr, onde serão preparadas as amostras para serem encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Animal (LFDA) para a análise sorológica.

O LFDA vai, nessa etapa do serviço de coleta de sangue, direcionar suas análises para a sorologia. Nos suínos, os exames ocorrerão simultaneamente nos estados de Roraima, Amazonas, Amapá e Pará, conforme informou Paulo Figueroa, gerente de Defesa Animal da Aderr.

Sorologia Bovina

A sorologia para detecção de circulação do vírus da febre aftosa em bovinos visa comprovar estatisticamente que Roraima não tem o vírus da doença. É um parâmetro para analisar a efetividade das campanhas de vacinações, bem como a eficiência e eficácia do serviço de Defesa Agropecuária do Estado.

Roraima é reconhecido internacionalmente como área livre da doença com vacinação. A análise sorológica é parte das ações de gestão do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PNEFA).

Conforme informou Marcos Duarte, coordenador do PNEFA-RR, o serviço de sorologia é a garantia de que está tudo bem com os animais, e Roraima está livre do vírus da febre aftosa, assegurando seu status internacional de Estado livre da doença.

 Sorologia no Suíno

 A sorologia nos suínos será feita com objetivo de identificar a presença ou não da Peste Suína Clássica. A PSC conhecida como cólera ou febre suína a doença é altamente contagiosa, pois possui uma taxa elevada de contaminação e de alto grau de disseminação nos suínos, mas não oferece risco à saúde humana, nem a outras espécies de animais. Ela afeta tanto os porcos domesticados quanto os asselvajados.

 A doença pode causar grandes perdas socioeconômicas, porque pode provocar restrições comerciais de regiões que não têm a doença, já que a comercialização de suínos é uma fonte de renda para muitos produtores.

 A ocorrência da doença também traz uma ameaça na posição do Brasil no ranking mundial de comercialização de suínos.

 Uma Segunda Coleta

 O presidente da Aderr, Kelton Lopes, ressaltou que depois de terminar a primeira fase da coleta, provavelmente ocorrerá a segunda fase, em um número menor de propriedades com o objetivo de descartar completamente a circulação viral no estado de Roraima.