A Superintendência de Polícia Federal em Roraima informou que o inquérito referente ao objeto da operação Vírion, deflagrada na quinta-feira (13), foi instaurado ainda no mês de abril.
Segundo a PF, após o início das investigações, foram recebidos documentos e requerimentos de órgãos federais, estaduais e de terceiros relacionados aos fatos apurados, que receberam o tratamento habitual pela unidade em Roraima.
A Operação Vírion foi deflagrada com o intuito de investigar um suposto esquema criminoso de fraudar licitações de produtos e serviços para o enfrentamento da Covid-19 em Roraima.
No total, mais de 150 agentes da corporação, juntamente a servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), cumpriram 36 mandados de busca e apreensão na Bahia, no Distrito Federal e em outros sete estados, sendo 16 mandados de busca e apreensão cumpridos em Boa Vista, na Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em residências e empresas.
Os principais alvos da operação são o ex-secretário estadual de Saúde, Francisco Monteiro, e o deputado estadual Jefferson Alves (PTB), que, segundo a Polícia Federal, estariam supostamente envolvidos em fraudes de licitações de produtos e serviços para o enfrentamento da Covid-19.
As contratações suspeitas de irregularidades envolvem, aproximadamente, 50 milhões de reais, utilizados na aquisição de insumos médico-hospitalares básicos, respiradores, testes rápidos, material informativo impresso e leitos em hospitais particulares.