As ideias e iniciativas não param de surgir e são sempre bem-vindas nesse momento de crise da Covid-19 que, a cada dia se agrava. Dessa vez, uma parceria entre a Estácio da Amazônia, Engenheiros Sem Fronteiras, Secretaria de Agricultura (Seapa) e a Agência Humanitária da Igreja Adventista (Adra) pretende instalar torneiras públicas em vários pontos da cidade.
O objetivo é oferecer um sistema portátil, com quatro pias e torneiras, que será instalado em abrigos para imigrantes, feiras livres e demais espaços públicos onde circulam um grande número de pessoas. A ideia principal era ter um sistema com baixo custo, onde a pessoa possa lavar as mãos sem tocar na torneira e assim evitar a contaminação.
O projeto desenvolvido pelos alunos do curso de Arquitetura da Estácio e profissionais das demais instituições prevê uma redução no custo em relação a outras soluções já conhecidas no mercado. O professor do curso de Arquitetura, Rodrigo Ávila, explicou que as torneiras já conhecidas no mercado que são acionadas com o pé custam entre R$150 e R$200. “O que tornaria inviável o sistema e não teria mercado. Então buscamos uma alternativa”, conta.
A saída encontrada pelo grupo de pesquisadores foi utilizar a caixa de descarga adaptável ao projeto, que custa cerca de R$25. “Então optamos pelo uso da descarga já que usualmente libera seis litros de água. Houve uma adaptação para comportar apenas um litro e meio a dois litros. E a água será liberada por um pedal que vai acionar a caixa de descarga”, explica.
De acordo com o professor, essa solução encontrada reduziu o custo do sistema em aproximadamente R$ 1 mil. “Se fôssemos usar o produto já existente no mercado ficaria em torno de R$3 mil. Agora sairá por R$1.700,00 a R$1.800,00. E como fizemos até o momento um protótipo, então isso ainda pode ser modificado e reduzido ainda mais esse custo até para se adaptar a determinadas localidades daqui do estado”, ressaltou.
Antes de construir o sistema portátil, os pesquisadores imprimiram um protótipo de toda a instalação e os pedais nas impressoras 3D da Estácio da Amazônia. Rodrigo Ávila contou que o projeto já foi disponibilizado às instituições parceiras e “várias Organizações Não Governamentais (ONGs) e entidade Brasil afora já manifestaram interesse de aplicar a solução em seus estados”.