Como resultado da Operação Echelon, executada pelos Ministérios Públicos Estaduais em parceria com as Polícias Civis, no dia 14 de junho, simultaneamente em 14 estados do país, o plano para matar o promotor de Justiça de Roraima, Carlos Paixão, foi um dos resultados apontados pela investigação. A prova está nas mensagens SMS passadas por um dos 75 denunciados na ação.
A operação, que tinha como objetivo atingir a estrutura do PCC (Primeiro Comando da Capital). Nas mensagens interceptadas o acusado dizia: “Localizei promoto (sic) do estado”; “(Ele) anda normal na rua já aqui na capital”; “Quero pega (sic) um agente, quero faz (sic) dois tabuleiro mas preciso dessa determinação.”
O pedido da autorização para executar o crime foi feiro à “Sintonia dos Estados e Outros Países”, que chefiou interinamente a facção criminosa quando Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, ficou isolado na prisão no ano passado, 2017.
Os “Tabuleiros”, citados na matéria, é como os criminosos chamam o planejamento de uma ação, que pode ser a morte de um agente público ou de um “lixo”, como são chamados os bandidos rivais da organização.
Em Roraima, a operação foi realizada em Roraima por meio do Dopes (Departamento de Operações Especiais), que utilizou agentes do GRT (Grupo de Resposta Tática) da Polícia Civil, na linha de frente para o cumprimento dos mandados de prisão, além de busca e apreensão.
O MPRR (Ministério Público do Estado de Roraima) se pronunciou apenas por meio de nota, informando que os fatos divulgados são antigos e que Procuradoria-Geral de Justiça já adotou todas as medidas legais pertinentes ao caso.
“Para evitar pânico social, bem como para preservar a atuação e a integridade física dos membros que integram o MP roraimense, informações sobre o caso serão divulgadas oportunamente”, informou a nota.
As investigações da Echelon ocorrem no âmbito dos estados de São Paulo, Roraima, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá e Maranhão.
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