IPEM apreende cerca de 30 balanças em feira livre

Em operação iniciada na manhã de sábado, fiscais do Instituto de Pesos e Medidas de Roraima (IPEM) apreenderam cerca de 30 balanças utilizadas por comerciantes de uma feira livre localizada na rua Pedro Bantim, no bairro Pintolândia, zona Oeste da Capital.

Segundo a diretora do Departamento de Metrologia e Qualidade do órgão, Cinara Machado, a ação teve como foco principal a fiscalização nas balanças, já que denúncias enviadas ao órgão apontam um grande número de equipamentos de origem venezuelana, consideradas fora dos padrões exigidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

“O objetivo dessa fiscalização é verificar as balanças que estão de forma irregular nas nossas feiras. Só neste começo de ano, foram várias denúncias enviadas ao instituto sobre a existência de balanças de procedência venezuelana. Ou seja, são equipamentos que não possuem os padrões exigidos pela portaria do Inmetro”, contou.

Cinara explicou que todos os equipamentos de pesagem de alimentos precisam cumprir normas estabelecidas pela portaria 097, de 11 de abril de 2000. Ela ressaltou ainda que as balanças de origem brasileira que não possuem o selo do instituto, mas que estão em boas condições, podem receber o selo da entidade reguladora.

“Nós estamos fazendo a aferição e a certificação com o selo do Inmetro nas balanças que são de fabricação brasileira e que estão em bom estado de conservação, justamente para que o consumidor se sinta mais seguro na hora de comprar o seu produto”, disse.

A diretora contou ainda que o proprietário pode recorrer da apreensão. Entretanto, ela destacou que muitos deles se mostraram conscientes da relevância da ação. “Alguns comerciantes tentam esconder o equipamento, até para dificultar o trabalho das equipes. Mas, no geral, muitos foram conscientes e não fizeram objeções em receber a fiscalização. Para nós, o saldo foi positivo”, pontuou.

Além do IPEM, a ação contou ainda com apoio de policiais da Ciclopatrulha, de agentes da Guarda Municipal e de fiscais da Vigilância Sanitária do Município, que estiveram realizando ações de conscientização junto aos feirantes.

“Nós, da Vigilância Sanitária, estamos realizando inicialmente um trabalho de conscientização junto aos feirantes sobre cuidados de acondicionamento dos produtos que são vendidos por eles, explicando o que pode e o que não pode ser vendido. Enfim, uma série de situações que visam garantir não só a legalidade da sua atividade, mas também a saúde da população”, disse um dos fiscais da Vigilância Sanitária.

CONTINUIDADE – Cinara Machado confirmou que outras feiras também deverão passar pela ação. Segundo ela, o cronograma está sendo concluído, e para não comprometer as futuras ações, o órgão manterá sigilo sobre os próximos locais a serem fiscalizados. “A fiscalização vai continuar. A nossa meta é fazer essa verificação em todas as feiras livres, realizando não só um trabalho de conscientização com esses feirantes, mas também garantindo a segurança do consumidor”, finalizou (M.L)