Aproximação com a população, digitalização de processos e uso de meios tecnológicos para contingência de gastos estão entre as principais ações do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) para melhorias no Poder Judiciário roraimense. Em comemoração aos 28 anos de instalação no Estado, a presidência avalia diminuir as falhas e dar mais suporte aos serviços prestados.
Com o congelamento dos orçamentos destinados aos Poderes e órgãos, devido à crise econômica estadual, a aposta está no uso de equipamentos eletrônicos e adoção de medidas que diminuam o impacto na folha de pagamento. Os cortes, dentro do plano de contingência, atingem todas as áreas do tribunal, com diminuição de viagens, benefícios e até demissões.
“Isso é um impacto bem significativo nas contas do Judiciário porque temos um crescimento natural, fenômeno fracionário e contratos são reajustados. Nossas despesas aumentam muito a cada ano e nossa receita ficou estagnada”, explicou o presidente do TJRR, desembargador Mozarildo Cavalcanti em coletiva de imprensa na manhã dessa segunda-feira, 22. Ele destacou ainda que, diante do cenário, não há perspectiva de concurso para este ano.
Cavalcanti frisou que o planejamento de cortes não atinge a população e que a criação do Comitê de Inteligência Artificial irá dar suporte nesse sentido.
“Que aquela rotina, tanto dos servidores e magistrados, seja feita com uso de robôs e permitir que o juiz tenha mais tempo de julgar os casos complexos. Temos investido muito nisso e é uma das saídas para que consigamos continuar produzindo com menos receita”, prosseguiu.
DESAFIOS – Em razão do período de intervenção dentro da maior unidade prisional de Roraima, o presidente do TJRR afirmou que a situação foge da normalidade, mas que realiza trabalho em conjunto para que os serviços do Judiciário não voltem a ser interferidos pela crise no sistema carcerário.
“Temos muitos desafios daqui para frente. Um deles é como atender a procura que a população tem com poucos recursos. A resposta que temos dado a isso é de forma criativa para produzir mais”, ressaltou. Cavalcanti enfatizou que a Justiça no País não é satisfatória e é mais lenta do que deveria ser, porém os esforços são feitos para superar as falhas.
PROGRAMAÇÃO – Na próxima quinta-feira, 25, o Tribunal de Justiça irá realizar um trabalho concentrado em todas as unidades de atendimento à população. De forma simultânea, nas atividades promovidas, estarão mutirões, audiências de conciliação, júris populares e até casamento coletivo. As ações terão início às 8h, tanto na capital quanto em comarcas do interior.
Será feita também a entrega de livros, certificados e computadores nas escolas e em projetos do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar. A solenidade de encerramento ocorre às 18h no auditório do Fórum Cível.