O juiz Federal plantonista Diego Leonardo da Silva Oliveira concedeu neste sábado, 21, liberdade provisória para as sete pessoas que haviam sido presas pela Polícia Federal durante a Operação Godfather*, deflagrada nessa quinta-feira, 19.
A operação investiga um suposto esquema de desvios de recursos da saúde estadual. Ao todo, foram sete mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão.
De acordo com a decisão do magistrado, a finalidade da prisão temporária já foi alcançada. “A privação da liberdade é medida extrema, que deve ser adotada de forma excepcional”, diz trecho da decisão.
A Justiça Federal – 4ª Vara da Seção Judiciária do Estado de Roraima, havia decretado a prisão temporária por cinco dias para os envolvidos, para evitar a destruição de provas e a inibição de prévio ajuste de versões entre os investigados.
ESQUEMA – A investigação aponta que os desvios são decorrentes de fraude em procedimento licitatório promovido pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). A informação é que as investigações iniciaram após a análise do Pregão Eletrônico, em agosto de 2017, que teve por objeto a contratação de uma empresa para serviços de fornecimento de alimentação para a Sesau, inclusive o Hospital Geral de Roraima (HGR).
O objetivo seria garantir a vitória de uma empresa já investigada no âmbito da Operação Escuridão, deflagrada em 2018, para apurar desvios de recursos públicos no sistema penitenciário. Porém, outra companhia foi a vencedora do certame.
Outro ponto levantado pela instituição é uma suposta série de delitos cometidos para garantir o pagamento de vantagens ilícitas a integrantes de uma família de políticos de Roraima, que recebia o repasse de 18% dos valores pagos pelo Estado à empresa.