Cotidiano

Juizado tenta coibir adolescentes venezuelanas atuando em semáforos

A migração em massa de venezuelanos em Roraima tem causado vários problemas sociais, entre eles a exploração infantil. Para ajudar as famílias, adolescentes estrangeiras atuam informalmente no cruzamento de avenidas e semáforos da Capital em troca de gorjetas de motoristas.

A situação foi flagrada esta semana por agentes da Divisão de Proteção da Infância do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), que fizeram a retirada de adolescentes venezuelanas vindas do município de Maturin, no Estado de Bolívar, que estavam atuando no cruzamento das avenidas Venezuela com a Mário Homem de Melo, no bairro Liberdade, zona Oeste da Capital.

Os agentes estavam em uma diligência, quando avistaram diversas garotas em trajes de grande exposição do corpo, limpando para-brisas de veículos no semáforo do cruzamento. Diante disso, fizeram a abordagem ao grupo de venezuelanos e constataram que duas eram menores de idade, uma de 16 e outra de 17 anos de idade.

“Flagramos essa situação sem querer. Estávamos fazendo diligência para averiguar outra situação. Nunca tínhamos visto adolescentes com pouca roupa no sinal lavando o vidro dos carros, e na hora que constatamos essa situação retiramos as menores de imediato, porque isso é um passo para a prostituição”, disse a chefe da Divisão de Proteção da Infância do TJRR, Lorrane Costa.

As duas adolescentes foram levadas para casa, onde as famílias foram advertidas da infração e se comprometeram com os agentes judiciais, em não permitir mais que essa situação voltasse a ocorrer, sob pena pagamento de multa de três a 20 salários mínimos. “Tinham várias meninas nessa situação, algumas menores de idade. Levamos aos pais, fizemos a orientação e advertimos que da próxima vez iriamos fazer o procedimento de autuação de infração. Eles se comprometeram que nunca mais iriam colocar as meninas de volta na rua”, frisou. (L.G.C)